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“Extinção pode ser o legado mais duradouro da humanidade.” Hoje é o Dia da Terra, mas não há motivos para festejar

Esta segunda-feira celebra-se o Dia Internacional da Terra, mas não há motivos para festejar. Segundo a Zero, a situação ambiental no nosso planeta tem-se alterado de forma alarmante desde 1970, ano em que o Dia da Terra começou a ser celebrado.

A associação ambientalista Zero apelou esta segunda-feira, dia em que se celebra o Dia da Terra, a ações de preservação da biodiversidade, sublinhando que “é preciso educar e sensibilizar para a taxa acelerada de extinção de milhões de espécies”.

Em comunicado, a associação ambientalista alerta para alguns números sobre a “atual onda de extinção”, como a redução de 40% do número de animais terrestres e das populações de animais marinhos ou o facto de 40% das 1,1 milhões de espécies de aves do mundo estarem em declínio.

“Estima-se que os seres humanos tenham impactado 83% da superfície terrestre, o que afetou os ecossistemas, bem como as áreas em que espécies específicas de animais selvagens existiam”, sublinha a Zero.

A associação ambientalista defende que é preciso “educar e sensibilizar para a taxa acelerada de extinção de milhões de espécies e as causas e consequências desse fenómeno”.

Entre os alertas deixados, a Zero defende que é necessário “alcançar grandes vitórias políticas que protejam grandes grupos de espécies, bem como espécies individuais e os seus habitats” e também “construir e participar num movimento global que abrace a natureza e seus valores”.

Incentivar ações individuais, como a adoção de dieta baseada em vegetais e a interrupção do uso de pesticidas e herbicidas” é outra das ideias defendidas pela associação.

Segundo a associação, Portugal tem um “conhecimento insuficiente dos seus valores naturais”, mantendo limitações para uma avaliação rigorosa do grau de ameaça que existe sobre as diversas espécies protegidas. Além disso, Portugal mantém “uma política pública sem objetivos estabelecidos para a conservação das espécies” e continua com legislação por publicar nesta área.

“Se não agirmos agora, a extinção pode ser o legado mais duradouro da humanidade”, considera a associação.

ZAP // Lusa

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