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Fisher-Price retira cinco milhões de cadeiras de bebé do mercado após 32 mortes

A empresa Fisher-Price tirou do mercado quase cinco milhões de berços para bebés dormirem depois de estes terem sido associados a mais de três dezenas de mortes infantis.

A Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos Estados Unidos (EUA) pediu que os clientes parassem de usar “imediatamente” o berço Rock’n Play, após os relatos de mais de 30 mortes ao longo de uma década, avançou no domingo o Independent.

Segundo o jornal britânico, os bebés morreram depois de virarem de barriga para baixo ou para o lado enquanto estavam soltos no dispositivo, um berço acolchoado que vibra para ajudá-los a dormir. Esta decisão ocorreu depois que a revista americana Consumer Reports relacionou o berço à morte de 32 bebés, alguns dos quais morreram sufocados.

A Fisher-Price alertou os país na semana passada para que deixassem de usar o Rock’n Play quando os seus filhos tivessem três meses de idade – o momento em que estes geralmente começam a rolar de um lado para o outro -, mas a Academia Americana de Pediatria (AAP) pediu a retirada do berço do mercado.

“Este produto é mortal e deve ser retirado imediatamente”, disse o presidente da AAP, Kyle Yasuda. “Quando os pais compram um produto para o bebé ou para a criança, muitos supõem que, se está a ser vendido numa loja, deve ser seguro usá-lo. Tragicamente, esse não é o caso”, frisou.

A Fisher-Price defendeu-se, referindo que atentava à segurança de todos os produtos e indicando que, nos incidentes relatados, “o produto foi usado ao contrário das advertências e instruções de segurança”.

De acordo com o Independent, os clientes que compraram o produto podem entrar em contato com a empresa para obter um reembolso ou um ‘voucher’. Desde o lançamento do produto, em 2009, cerca de 4,7 milhões de berços do Rock’n Play foram vendidos, por um valor que vai dos 40 e 149 dólares (entre 35 e 132 euros).

A Consumer Reports revelou igualmente que quatro mortes infantis estão associadas a um berço similar, desenvolvido pela Kids II. A empresa norte-americana afirmou que, em cada um dos casos “trágicos e comoventes” que envolveram o dispositivo Ingenuity Moonlight Rocking Sleeper “houve circunstâncias atenuantes não relacionadas ao produto ou não se seguirem as instruções e avisos”.

A AAP alertou os pais contra o uso de todos os “produtos inclinados para os bebés dormirem” ou quaisquer outros que exijam a restrição de um bebé para dormir.

“O APP adverte contra o uso de assentos de carro, carrinhos de bebés ou outros dispositivos para dormir por causa do risco de estes rolarem ou colocarem-se numa posição insegura, incapazes de se mover, levando a que sufoquem ou ao estrangulamento”, acrescentou.

TP, ZAP //

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