Um suposto caçador furtivo de rinocerontes foi morto por um elefante e os seus restos mortais foram provavelmente devorados por um grupo de leões, revelaram as autoridades do Parque Nacional Kruger, na África do Sul.
Segundo avançou no domingo a NPR, os guardas florestais receberam, na semana passada, um telefonema da família do suspeito caçador, informando que os cúmplices do seu parente disseram que o mesmo foi morto por um elefante na terça-feira passada, enquanto caçavam rinocerontes no parque nacional.
De acordo com o agente da polícia Leonard Hlathi, o elefante atacou o suposto caçador “de repente” e os seus cúmplices alegaram ter levado o seu corpo para uma estrada, antes de deixarem o parque.
As autoridades começaram as buscas para encontrar os restos mortais do homem, mas ainda não conseguiram localizar o corpo. “Indicações encontradas na cena sugerem que um grupo de leões devorou os restos mortais, deixando apenas um crânio humano e um par de calças”, indica um comunicado emitido pelos responsáveis do parque nacional.
Desde que a notícia foi divulgada, os comentários não tardaram. “É o Círculo da Vida”, comentou um utilizador no Twitter.
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Glenn Phillips, diretor do parque, emitiu condolências à família do falecido. “Entrar no Kruger National Park ilegalmente e a pé não é sábio, tem muitos perigos e este incidente é prova disso”, disse num comunicado.
A polícia está a investigar o incidente. Os outros quatro supostos caçadores furtivos foram presos e comparecerão ao tribunal.
Esta não é a primeira vez que animais matam um caçador na África do Sul. No ano passado, outro foi atacado e devorado por leões, na província de Limpopo.
O número de rinocerontes explorados na África do Sul tem diminuído desde 2014, mas a demanda pelo chifre do animal, no entanto, permanece forte, de acordo com a Reuters. Mais de 500 rinocerontes foram caçados devido aos seus chifres nos primeiros oito meses do ano passado.
O Parque Nacional Kruger, a maior reserva de caça da África do Sul, cobre milhares de quilómetros quadrados ao longo da fronteira nordeste do país. Até o final do ano passado, o parque tinha cerca de cinco mil rinocerontes, menos quatro mil que em 2014, segundo estimativas do governo. A caça furtiva e a seca contribuíram para essa diminuição.
Em 2018, a ministra de Assuntos Ambientais da África do Sul, Edna Molewa, classificou a caça de rinocerontes como “um crime nacional prioritário”. Em comunicado, disse que mais de 500 caçadores furtivos e traficantes foram presos em 2017, com a maioria das detenções a ocorrer dentro ou ao redor do Parque Nacional Kruger.
Uma excelente notícia para variar um pouco!Menos um inútil numa sociedade cheia de inúteis é sempre uma boa notícia!