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Rosa Grilo e António Joaquim acusados formalmente da morte do triatleta Luís Grilo

António Pedro Santos / Lusa

O Ministério Público (MP) no Tribunal de Vila Franca de Xira acusou esta segunda-feira formalmente Rosa Grilo e António Joaquim do homicídio do triatleta Luís Grilo, marido da arguida, morto em julho do ano passado com uma arma de fogo.

“No essencial está indiciado que a arguida, casada com a vítima, iniciou relacionamento amoroso extraconjugal com o coarguido, tendo ambos combinado e planeado tirar a vida àquele, mediante o uso de arma de fogo, o que fizeram, entre o fim do dia 15.07.2018 e o início do dia seguinte, no interior da residência do casal”, refere uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Segundo a PGDL, o MP requereu o julgamento, em tribunal coletivo, com júri, contra os dois arguidos, pela prática, em coautoria, de crimes de homicídio qualificado agravado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

“O MP requereu a aplicação da pena acessória de declaração de indignidade sucessória à arguida e de suspensão do exercício de função ao arguido (oficial de justiça), bem como, a recolha de ADN a ambos. Mais requereu a nomeação de curador especial ao menor e deduziu pedido de indemnização civil, em representação do menor, filho da vítima e da arguida, contra ambos os arguidos”, acrescenta a PGDL.

O triatleta era, sustenta a PGDL, “titular de diversos seguros e proprietário de diversos bens”. Luís Grilo, de 50 anos, residente na localidade das Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, desapareceu em 16 de julho de 2018. O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua casa.

“Por forma a ocultar o sucedido, ambos os arguidos transportaram o cadáver da vítima, para um caminho de terra batida, distante da residência, onde o abandonaram”, sustenta.

O cadáver do triatleta foi encontrado perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida, junto à Estrada Municipal 1070, por um popular que fazia uma caminhada na zona e que alertou o posto de Avis da Guarda Nacional Republicana (GNR) para esta ocorrência.

Os arguidos encontram-se sujeitos à medida de coação de prisão preventiva desde 29 de setembro do ano passado. Hoje terminava o prazo de seis meses para que o MP deduzisse acusação, pois, caso isso não acontecesse, os mesmos teriam de ser postos em liberdade.

A investigação foi efetuada sob a direção do Ministério Público da Secção de Vila Fanca de Xira/Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa Norte, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.

// Lusa

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