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Escolas estão a cortar aulas de História

Uma grande maioria dos estabelecimentos de ensino básico e secundário está a cortar uma aula semanal de História, de forma a incluir a nova disciplina “Cidadania e Desenvolvimento”.

A notícia é avançada pelo Expresso este sábado, citando um estudo da Associação de Professores de História (APH). “Verificou-se uma redução de 45 ou 50 minutos por semana em cada um dos ciclos de ensino”, incluindo o ensino secundário, onde a disciplina tem registado resultados baixos na média dos exames nacionais.

Segundo escreve o semanário, os dados foram obtidos através de um inquérito enviado pela associação aos professores da disciplina, pedindo que os docentes relatem o que tem acontecido nas suas escolas.

O jornal nota que esta é uma consequência da flexibilidade curricular aprovada pelo Governo, que permite que cada agrupamento de escolas possa gerir até 25% do horário, aumentando e diminuindo os tempos letivos das disciplinas, tendo por base as cargas horárias de referência fixadas pela tutela.

Em declarações à RR, Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas considera essencial que matérias tão importantes como a de História não sejam prejudicadas, mas admite que há vários pontos de equilíbrio possíveis.

“História é uma disciplina fundamental e importante. Aquilo que eu recomendaria era que as escolas arranjassem um ponte de equilíbrio para que de facto esta disciplina, tal como as outras, não fossem prejudicadas na formação dos nossos alunos”, defendeu.

“Eventualmente, na [disciplina de] Cidadania, poderão ser abordados temas de História. E essa disciplina em muitas escolas está a ser entregue ao professor de História. O problema de haver menos carga letiva semanal dessa disciplina resolve-se em contexto de escola. Devemos todos é encontrar um ponto de equilíbrio para que nenhuma disciplina seja prejudicada”, sustenta o representante.

ZAP //

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