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A Terra primitiva era um inferno mergulhado num oceano de magma

Como era a Terra no início do seu desenvolvimento, quando não havia ainda qualquer tipo de vida no nosso planeta? Uma recente investigação revela novos detalhes sobre este período, sugerindo que a Terra primitiva tinha condições extremamente drásticas à época.

Nos seus primórdios, a Terra um “lugar infernal”, onde ferviam fragmentos incandescentes de corpos celestes, segundo revelaram geofísicos da Universidade alemã de Munster.

“A Terra primitiva era um lugar infernal: quente, agitada, a girar rapidamente e  a ser bombardeada por detritos espaciais, incluindo um corpo do tamanho de Marte cujo impacto criou a lua”, escreve o portal Science Alert sobre este período.

De acordo com a equipa de cientistas, liderada pelo cientista Christian Meuse, o nosso planeta estava coberto por um oceano de magma fundido. Este oceano, explicam os cientistas, formou-se há cerca de 4,5 mil milhões de anos após a colisão da Terra recém-formada com um corpo espacial desconhecido com o tamanho de Marte. Acredita-se que desta resultado tenha resultado o nosso satélite natural, a Lua.

Segundo o novo estudo, cujos resultados serão publicados no próximo mês de Maio na revista especializada Earth and Planetary Science Letters, a profundidade do oceano era de vários milhares de quilómetros. Mas o que aconteceu com o oceano de seguida? Para melhor compreender estes processos geológicos, os cientistas modelaram o processo de cristalização do silicato, o mineral mais comum na crosta terrestre.

Os cientistas descobriram que os minerais cristalizaram-se devido à rápida rotação da Terra, que acabou por arrefecer o oceano de magma. Este processo levou diferentes períodos de tempo consoante a parte do planeta, levando desde um milhar até um milhão de anos, tal como observaram os especialistas no artigo.

Para a investigação, os cientistas não consideram outros tipos de minerais, nem modelaram a distribuição de silicados além da primeira fase de cristalização do magma. Segundo Christian Maas, geofísico da mesma universidade, este é o próximo passo da investigação: adicionar outros tipos de mineiras ao modelo de estudo.

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