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“Intimidação e bullying”. Sete deputados saem do Partido Trabalhista em rutura com Corbyn

Andy Rain / EPA

O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn

Sete deputados anunciaram a saída do Partido Trabalhista, o principal partido da oposição no parlamento britânico, invocando discordância com o líder, Jeremy Corbyn, em questões como o Brexit e o anti-semitismo.

Os sete deputados são Chuka Umunna, Luciana Berger, Chris Leslie, Angela Smith, Mike Gapes, Gavin Shuker e Ann Coffey, que vão passar a ser deputados independentes.

Esta decisão, cujos rumores vinham crescendo nos últimos dias na imprensa britânica, reduz o grupo parlamentar do Labour na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, de 256 para 249.

Numa declaração conjunta aos jornalistas, Luciana Berger explicou a saída dizendo que não pode “continuar num partido que é institucionalmente anti-semita”. Para a deputada, a forma como o partido está a tratar o povo judeu assenta em “intimidação e bullying. Chris Leslie acrescenta que não foi uma decisão fácil mas que o partido parece ter sido “assaltado por uma máquina política de esquerda radical”.

Segundo aquele deputado, seria “irresponsável” Jeremy Corbyn tornar-se primeiro-ministro: “Para ele, o mundo divide-se entre opressores e oprimidos, enquanto a realidade é muito mais complexa do que isso”, acrescentou, citado pelo The Guardian.

Gavin Shuker acrescenta ainda que este grupo de sete, ao contrário do líder trabalhista, “não acredita que qualquer problema do mundo foi criado pelo ocidente”. “O partido trabalhista virou as costas ao povo britânico, às suas aspirações e ambições”, disse ainda. “Os nossos valores não mudaram”, disse Ann Coffey.

O grupo dos sete anunciou ainda que vai ser a sua primeira reunião formal, fora do partido, nos próximos dias, e que o objetivo é mudar a forma de fazer política. “A política está estragada. Não tem de ser assim, vamos mudar isso”, disse Chuka Umunna, caracterizando a forma atual de fazer política de “fora de moda”.

ZAP // Lusa

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