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Correr pode fazer mal

Ed Yourdon / Flickr

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Numa altura em que se vive um autêntico fenómeno das corridas, e em que correr parece estar na moda, investigadores americanos revelam que aqueles que se transformaram em escravos deste exercício físico, na esperança de que o mesmo os faça viver mais e melhor, podem afinal estar involuntariamente a prejudicar-se.

O alerta não é para quem se exercita moderadamente – duas a três horas por semana -, mas para as pessoas que, de um dia para o outro, decidiram começar a correr sem contenção. Para estes, a expectativa de vida pode ser mais curta, de acordo com um estudo publicado na Health Day.

Apesar de os cientistas não terem ainda certezas relativamente aos motivos para tais conclusões, os mesmos acreditam que podem estar ligados à forma como correr afecta a saúde do coração.

O estudo foi feito a mais de 3800 homens e mulheres adeptos do ‘jogging’, com uma média de idade de 46 anos. Os investigadores tiveram também em consideração os medicamentos usados pelos participantes, se tinham colesterol e tensão elevados e se eram fumadores.

Quase 70 por cento afirmaram correr cerca de 32 quilómetros por semana.

Os cientistas envolvidos no estudo concluíram que os factores médicos e o tabaco não eram suficientes para explicar o porquê de as pessoas que correm terem esperança de vida mais curta.

Martin Matsumura, responsável pelo estudo, salienta que a ideia da investigação não é incentivar as pessoas a deixarem de correr. «O que ainda não conseguimos foi definir o tempo ideal de corrida, no sentido de esta se tornar positiva para a saúde e longevidade», afirmou à Health Day.

Porém, e para já, os investigadores aconselham os adeptos do ‘jogging’ a correrem apenas entre duas a três horas por semana, a uma velocidade lenta ou moderada. E evitar maratonas.

CG, ZAP

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