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Portugal acusado de tentar apagar Espanha da história da primeira volta ao mundo

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O Ministério da Cultura espanhol vai pedir ao seu embaixador na UNESCO que elabore um pedido de informação sobre a candidatura da rota de Fernão de Magalhães a património da humanidade.

A apresentação, feita por Portugal, faz parte das comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação feita pelo navegador português, cujo programa completo será apresentado esta quinta-feira, em Lisboa.

De acordo com o ABC, ao apresentar a candidatura, o governo português terá apagado o império espanhol da história ao quase não referir o nome de Juan Sebastián Elcano ou o papel preponderante de Espanha na realização da viagem.

A primeira viagem de circum-navegação da história foi financiada pela coroa espanhola porque o rei português, D. Manuel I, recusou a proposta apresentada por Fernão Magalhães. Foi o rei espanhol Carlos V que acabou por possibilitar a iniciativa. Entre a tripulação reunida pelo português, contava-se o basco Juan Sebastián Elcano, a quem coube terminar a viagem de regresso à Península Ibérica.

O navegador português morreu nas Filipinas em 1521, dois anos depois de ter partido de Sanlúcar de Barrameda, no sul de Espanha, e um ano antes de Elcano regressar ao mesmo porto, na província de Cádiz.

No artigo publicado no jornal espanhol, que refere que o Ministério da Cultura espanhol não sabia da candidatura feita pelos portugueses, reclama que, nos documentos apresentados à agência das Nações Unidas, Portugal só terá referido o navegador basco para dizer que foi ele que comandou a viagem de regresso a Espanha.

“Nada mais do que isso. Em nenhum momento é pedido à UNESCO um reconhecimento patrimonial conjunto que contemple tanto Espanha como Portugal em harmonia”, lamentou o jornal, lembrando que, apesar de terem rejeitado a proposta do navegador, os portugueses tentaram impedir a sua saída.

O ministério da Cultura espanhol afirmou que irá solicitar nos próximos dias ao embaixador espanhol na UNESCO que elabore um pedido formal sobre a proposta portuguesa.

A classificação pela UNESCO da Rota de Magalhães não deverá acontecer, contudo, num futuro próximo, já que em março do ano passado apenas o Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, e o Real Edifício de Mafra passaram à fase seguinte da candidatura a Património Mundial.

ZAP //

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6 Comments

  1. A ser como dizem os espanhóis, é feio o que aconteceu. O Rei português recusou-se a financiar a viagem de Magalhães, foi o Rei espanhol D.Carlos V que aceitou financiar a viagem; Juan Sebastean d’Elcano é que fez a viagem de regresso, das Filipinas para Espanha; e Portugal nem inclui Espanha no pedido à UNESCO? Isso é mesmo muito feio e pode ser mesmo uma vergonha, para Portugal. Tratem de corrigir o lapso ok! e reconhecer o papel de los hermanos na viagem circum-navegação. Aliás isso já tinha acontecido com Colombo, que, ao ver recusado o financiamento da sua viagem à Índia, pelo ocidente, obteve também o financiamento dos Reis Católicos, de Espanha.

  2. Oh coitadinhos… os espanhóis, que fazem isso recorrentemente, agora queixam-se…
    Vá, façam lá referência a Espanha e ao navegar basco (basco! – até é irónico, porque se fosse hoje, ele provavelmente não quereria ser espanhol!), para eles não chorarem mais…

  3. João Mendes, diz você:
    ‘Aliás isso já tinha acontecido com Colombo, que, ao ver recusado o financiamento da sua viagem à Índia, pelo ocidente, obteve também o financiamento dos Reis Católicos, de Espanha.’
    Digo eu:
    e com esse financiamento o que fez Colombo ? Descobriu a Índia no continente americano.
    (Não esquecer que o financiamento tinha o propósito da descoberta da Índia, e que ele alimentou a mentira aos Reis católicos durante uns ‘anitos’)
    Neste episódio, mais o tratado de Tordesilhas devemos reconhecer o avanço do conhecimento do rei português, frente os ‘Espanhóis’ ou seja Castela.

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