Segundo especialistas norte-americanos, os humanos têm duas idades: uma idade cronológica, baseada no ano em que nascemos, e uma idade biológica.
Em entrevista à CNN, Morgan Levine, investigadora da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, explicou que a sua equipa trabalhou “em muitos tipos diferentes de medidas de envelhecimento” para chegar a esta conclusão.
A especialista adiantou que um dos métodos mais recentes é baseado nas medidas sanguíneas. “Basicamente, combinamos esses dados usando algoritmos diferentes para obter o que chamamos de idade fenotípica ou idade biológica.”
O teste faz uma comparação entre o corpo e a aptidão média ou os níveis de saúde para pessoas da mesma idade. “Pessoas com a mesma idade cronológica não estão todas sob o mesmo risco de desenvolver doenças cardiovasculares ou cancro. O que a idade biológica faz é, na verdade, dar-nos uma ideia mais clara de onde alguém se encontra em relação à sua idade”, referiu Levine.
Em entrevista ao Global News, Michelle Silver, professora da Universidade de Toronto, no Canadá, e autora do livro Retirement and Its Discontents: Why We Won’t Stop Working, Even if We Can, concorda que as pessoas podem ter uma idade biológica que difere da idade real.
“Na idade adulta, a idade cronológica é muito boa para prever o nosso próximo aniversário e alguns problemas de saúde. Mas existe uma grande variabilidade entre adultos, particularmente quando se trata de habilidades físicas e funcionais“, disse Silver.
“No meu trabalho, vi atletas olímpicos aposentados aos 70 anos cuja destreza e habilidade para se movimentar é mais parecida com uma pessoa de 20 anos. Por oposição, vi outros que pararam de se exercitar completamente quando saíram do pódio, sendo que com 50 anos de idade biológica estavam muito mais perto de uma pessoa de 80 anos”, continuou.
Descobrir a idade biológica
São nove os biomarcadores obtidos num simples exame ao sangue que influenciam o nosso tempo de vida: açúcar no sangue; medições dos rins e fígado e medições imunitárias e inflamatórias. Depois de inserir estes dados num computador, a equipa de Yale utiliza um algoritmo para determinar a idade biológica de uma pessoa.
Pessoas com uma idade biológica menor do que a idade real têm um risco de mortalidade menor, enquanto pessoas que têm idades biológicas maiores correm um maior risco de ter problemas de saúde e desenvolver doenças.
“A idade cronológica não se baseia nos anos que realmente temos, é apenas um número superficial. Todos nós envelhecemos biologicamente a taxas diferentes de acordo com os nossos genes, o que comemos e a toxinas ambientais a que estamos expostos”, explicou David Sinclair, co-diretor do Centro Paul F. Glenn para a Biologia do Envelhecimento, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos EUA.
“A idade biológica é o que determina a nossa saúde e a nossa vida útil”, concluiu o especialista. Além dos riscos físicos, os investigadores descobriram que, se a idade biológica for maior do que a idade real, essa pessoa também pode ter problemas com o seu bem-estar mental.
Fatores como a genética, o ambiente, o estilo de vida, a dieta e os hábitos de exercício físico desempenham um papel importante na nossa idade “interna”. Os cientistas também notam que o stress afeta o envelhecimento, dado que o stress crónico pode levar a um aumento do risco de doenças e problemas de saúde mental.
Mas há uma boa notícia: ao contrário da nossa idade normal, que segue em frente acompanhando o ritmo do tempo, a idade biológica pode ser retardada através de medidas práticas. O estilo de vida, por exemplo, faz toda a diferença.
ZAP // HypeScience
ainda falta mais uma: a idade cósmica!!!
Não há nenhuma novidade neste É óbvio que uma coisa ê idade biológica e outra é idade cronoligica
Qq leigo inteligente consegue constatar isso
Este “grande onvestigaçao” deve ter custado tios de dinheiro … e deve ter alimentado “grandes departamentos de investigação “!!!…
O que seria interessante seria descobrir os mecanismos moleculares e celulares da idade biológica e conseguir pará-la – eis o elixir da juventude ! Isto é que seria uma o vestigaçso a sério.