A agente russa Maria Butina admitiu que se tentou infiltrar nos círculos republicanos para satisfazer os interesses da Rússia.
Esta quinta-feira, Maria Butina confirmou em tribunal que atuou como agente estrangeira ilegal nos Estados Unidos com o objetivo de conspirar contra o país e de se infiltrar nos círculos republicanos para persuadir líderes políticos a satisfazerem os interesses vindos da Rússia, avança a CNN.
Inicialmente afirmava-se inocente. No entanto, a agente disse agora ter agido “sob as ordens” de Alexander Torshin, vice-presidente do banco central russo que o Departamento do Tesouro sancionou este ano.
“Maria Butina procurou estabelecer linhas de comunicação não oficiais com os americanos, exercendo poder e influência sobre a política dos EUA“, declarou o procurador num tribunal de Washington, citado pelo Observador.
O objetivo de Butina, presa desde julho, era infiltrar-se nas empresas que tinham influência em políticos do país, tendo chegado aos Estados Unidos com um visto de estudante.
Segundo a acusação, “as linhas de comunicação poderiam ser utilizadas pela Federação Russa para entrar no aparato de tomada de decisões dos Estados Unidos e avançar na agenda da Federação Russa”, através de reuniões “com políticos e candidatos políticos”, e com uma associação pró-armas de fogo.
Esta segunda-feira, a agente russa já tinha chegado a um acordo judicial, no qual aceitou entregar qualquer evidência de crimes de que tem conhecimento, submeter um relato completo da sua situação financeira, aceitar falar com as autoridades sempre que for necessário e testemunhar em qualquer tribunal.
A sua pena, que pode ir até cinco anos de prisão, pode ser reduzida pelo facto de Maria Butina ter assumido a culpa.
Kremlin acusa EUA de acusações infundadas
O Kremlin classificou esta sexta-feira como infundadas as acusações norte-americanas contra Maria Butina, que se declarou culpada de conspiração esta quinta-feira.
“Repetimos mais uma vez que consideramos todas as acusações contra ela como totalmente infundadas”, disse à imprensa o parta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que recusou, no entanto, comentar o processo de Maria Butina e a sua estratégia de defesa.
O chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, denunciou hoje as condições de detenção de Maria Butina, que visam, segundo ele, “quebrar a sua força de vontade e forçá-la a confessar coisas que provavelmente não fez”.
“Ela está detida nas condições mais duras, as que são criadas normalmente para reincidentes perigosos”, disse ainda, citado pela agência de imprensa pública russa RIA Novosti, acrescentando que alguns diplomatas russos tinham visitado Maria Butina na sua cela, na quinta-feira.
Sergueï Lavrov admitiu “compreender” a decisão de Butina de se declarar culpada. “É a sua decisão e vamos fazer tudo para que os direitos na nossa cidadã sejam respeitados e para que ela volte para casa o mais rápido possível”, acrescentou.
ZAP // Lusa
estes russos… são sempre a mesma coisa!
Num tribunal americano?
Está bem… vale tanto como a confissão dos prisioneiros ucranianos na Crimeia!…
Portanto ficámos a saber que a Russia tem espiões nos Estados Unidos. Uau, que noticia relevantíssima. Acho que a ZAP tinha mais noticias interessantes do que uma que já toda a gente sabe desde a 2ª guerra mundial mas tudo bem. Continuam a traduzir só propaganda da CNN