Stasi Records Agency (BStU)
Quando era membro do KGB, o Presidente russo estava colocado em Dresden, na Alemanha. Agora, descobriu-se nos arquivos que tinha também identidade da Stasi.
Foi encontrado nos arquivos da polícia secreta, em Dresden, um cartão de identidade da Stasi com a fotografia de Vladimir Putin, na altura em que o atual Presidente da Rússia era espião soviético na antiga Alemanha de Leste.
Esta terça-feira, a agência que mantém os arquivos da Stasi, informou que Putin “recebeu o cartão para que pudesse realizar o seu trabalho no KGB em cooperação com a Stasi“, a alcunha dada aos agentes do Ministério de Segurança do Estado da Alemanha Oriental.
Isto significa que o atual Presidente russo conseguia entrar livremente nos escritórios da Stasi e recrutar agentes sem controlo das autoridades locais, disse o chefe do arquivo, citado pelo jornal alemão Bild. Ainda assim, ninguém confirmou que ele trabalhasse diretamente para a Alemanha.
O Kremlin já reagiu à notícia. “Nessa altura, o KGB e a Stasi trabalhavam em parceria”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin. “Pode ser que a troca de cartões não estivesse fora de questão.”
Segundo o Expresso, as atividades dos agentes incluíam a vigilância de cidadãos comuns, sendo que muitos eram pressionados a espiar-se uns aos outros.
Vladimir Putin foi enviado para a Alemanha Oriental em 1985. Com 33 anos, foi oficial do KGB em Dresden até dezembro de 1989, quando o regime comunista da Alemanha Oriental entrou em colapso na sequência de protestos em massa pela democracia.
Quando a multidão cercou o edifício do KGB em Dresden, Putin, fluente alemão, acalmou a multidão, avisando que se tratava de território russo. Durante o seu serviço na cidade alemã, foi promovido ao posto de tenente-coronel.
Em 1989, Putin recebeu uma medalha de bronze da Alemanha comunista “pelo serviço fiel ao Exército Nacional do Povo”, segundo o site do Kremlin. Depois de voltar para a Rússia, tornou-se chefe do FSB, o principal sucessor do KGB.
