Portugal é um dos países do euro em que os juros dos novos empréstimos à habitação são mais baixos. Desde 2015, a taxa dos novos financiamentos caiu para metade.
Desde o início de 2015, ano em que os spreads aplicados pelos bancos começaram a baixar, a taxa dos novos financiamentos caiu para metade, adianta o Diário de Notícias. Segundo os dados mais recentes do Banco Central Europeu (BCE), os bancos cobram, em média, 1,34% pelo novo crédito. No início de 2015, o juro era de 2,78%.
A descida da margem de lucro dos bancos e a queda das taxas Euribor levou a que os juros no crédito encolhessem para mínimos. Além disso, como em Portugal a taxa variável continua a ser predominante, isso ajudou a que o custo do crédito à habitação seja dos mais baixos da zona euro.
No entanto, apesar de ser cada vez mais barato pedir crédito, o Banco de Portugal (BdP) mostrou preocupação pelo facto de os spreads aplicados serem cada vez mais baixos.
“A restritividade de outras condições, como os spreads, permaneceu inalterada ou foi sinalizada como estando em diminuição, devido às pressões concorrenciais no mercado de crédito”, observou o supervisor liderado por Carlos Costa no último Relatório de Estabilidade Financeira.
Desde junho de 2015, analisou o BdP, a margem dos bancos na diferença entre os juros que cobram no crédito e os que pagam pelos depósitos é mais baixa do que a média europeia. Os preços dos ativos imobiliários e “os spreads praticados no crédito à habitação e às empresas que continuam a diminuir” são as exceções no que diz respeito à “acumulação de risco sistémico cíclico“.
Segundo o DN, os baixos spreads podem ser um problema e um sério risco para a estabilidade financeira, dado que afetam a rentabilidade dos bancos numa altura em que o setor ainda está a tentar resolver problemas que foram criados durante a crise.
Assim, para conseguirem bater a concorrência, os bancos têm esmagado as margens de lucro que cobram no crédito à habitação. Além de concederem crédito mais barato, os bancos estão também a aumentar o volume das operações.
No tempo do escudo entre + – 1990-2000 spreads aplicados em Portugal variavam entre 0,45% a 1,25%, pedente da taxa de esforço do cliente. Bancário, Função Publica, obtinham taxas mais baixas.
Esta situação é do pior que poderia haver em Portugal.
Como os juros estão nos valores mais baixos das últimas décadas o preço das habitações têm subido para valores irrealistas. Mas, o pior é que as pessoas se esquecem que os juros são valores flutuantes que não depende (quase) nada da economia nacional, pelo que se internacionalmente houverem variações (que é o que vai acontecer para o ano nos USA) sentimos logo o efeito, indiferentemente da ao económica dos pais.
Como a grande maioria dos créditos de habitação são entre 30 e 50 anos é inevitável que a a muito curto prazo o pais (e consequentemente as pessoas e famílias) venha estar “enterrado” com problemas de crédito mal parado e de liquides monetária dos bancos (levando inevitavelmente a um novo regate!).
O meu conselho é que quem neste momento tem dívidas as liquido o mais rapidamente possível ou que pelo menos se prepare para juros da ordem dos 5% ao ano (valor que devera se atingido muito rapidamente nos próximos anos).