/

Hipnose e soro da verdade: publicados documentos sobre experiências de controlo mental da CIA

Novos documentos, publicados pelo portal The Black Vault, avançam detalhes sobre as experiências de “modificação de comportamento” que a CIA utilizou durante a Guerra Fria. 

O portal The Black Vault publicou até ao momento vários documentos do Governo norte-americano sobre experiências de controlo mental, eventos paranormais e OVNI’s. Apesar de este portal possa parecer uma comunidade de teóricos da conspiração, é, na verdade, o maior repositório de informações deste tipo.

John Greenewald Jr., fundador do site, recolhe e organiza minuciosamente este tipo de documentos há mais de 20 anos. A principal fonte dos documentos é o Governo norte-americano, graças à Lei de Liberdade de Informação dos EUA (FOIA).

As cerca de 800 páginas de informação publicadas em novembro foram extraídas de documentos publicados anteriormente e que foram divulgados através de pedidos da FOIA em 2004 e 2016.

Os documentos mais recentes mostram alguns resultados perturbadores das tentativas da CIA de desenvolver técnicas de controlo mental e “soros da verdade” como parte do seu projeto “MK-Ultra”, que a agência norte-americana admitiu ter executado em segredo até 1973.

Os arquivos incluem documentos sobre uma tentativa “bem sucedida” de criar seis cães que poderiam ser “controlados” para obedecer a uma ordem simples no final dos anos sessenta através de controlo remoto. Existem também diagramas de implantes cirúrgicos que usam a estimulação cerebral elétrica para criar respostas controladas nos animais.

Num documento datado de 1956 surge a advertência de que este tipo de experiências de modificação comportamental podiam ser “muito perigosas e chocantes“, mas podiam também ser as mais interessantes.

Um dos documentos em específico descreve um plano para testar medicamentos destinados a induzir passividade a internos em hospitais penitenciários para depois os submeter a interrogatórios.

No entanto, o que na informação é descrito como “interrogatório” poderia ser tortura física, psicológica e mecânica de modo a obter informações relevantes e, assim, conseguir a cooperação de indivíduos que, até aqui, não colaboravam.

Além disso, algumas das experiências realizadas foram desviadas do “estritamente científico”. É o exemplo da aplicação militar da hipnose, que parece ter sido uma prioridade para algumas das pessoas que integraram este projeto.

ZAP // RT

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.