Banksy diz que “Menina com Balão” deveria ter sido totalmente destruída

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O artista de rua Banksy revelou que a sua obra “Girl With Balloon”, leiloada no dia 5 de outubro na casa Sotheby’s e imediatamente autodestruída de forma parcial, deveria ter sido cortada em pedaços totalmente, mas o sistema instalado na moldura do quadro falhou.

Num vídeo publicado no seu site, o artista britânico de identidade (talvez) desconhecida afirmou que a casa de leilões londrina desconhecia os seus planos, como muitos afirmaram depois de a notícia se tornar viral.

A obra, uma das mais populares de Banksy, mostra uma menina que tenta alcançar um balão em forma de coração e foi arrematada no início do mês por 1,04 milhão de libras (1,180 milhões de euros). Assim que a venda foi confirmada, um triturador de papel escondido dentro da moldura do quadro foi ativado, destruindo metade da pintura.

A ação surpreendeu todos os presentes, que foi explicada pelo próprio Banksy no dia seguinte na sua conta no Instagram com um vídeo, que intitulou com uma citação do pintor espanhol Pablo Picasso: “A necessidade de destruir também é uma necessidade criativa”.

O artista também partilhou um vídeo no YouTube com imagens do momento em que o quadro foi leiloado, no qual explicou que testou o mecanismo dentro da moldura e que o mesmo “funcionou sempre” – ao contrário do que aconteceu na hora da venda.

O diretor de arte contemporânea na Europa da Sotheby’s, Alex Branczik, disse, após o ocorrido, que a casa desconhecia os planos do enigmático artista.

Branczik reiterou nesta quarta-feira, em entrevista concedida ao jornal especializado “The Art Newspaper”, que a Sotheby’s não detetou o triturador porque foi informada de que a moldura era “uma peça chave do trabalho”.

“A performance de Banksy transformou-se num instante em história da arte mundial”, ressaltou a casa em comunicado, considerando que é “a primeira vez que um novo trabalho artístico é criado durante um leilão”. A imprensa britânica estimou que o valor da obra no mercado pode duplicar graças à relevância da sua destruição.

// EFE

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