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Apenas 36 das 366 casas destruídas nos incêndios de outubro foram recuperadas

Paulo Cunha / Lusa

Apenas 36 das 366 casas de primeira habitação que ficaram destruídas pelos fogos de outurbo passado foram até agora recuperadas.

De acordo com o Jornal de Notícias, que avança a notícia na sua edição impressa nesta segunda-feira, este é o balanço das casas recuperadas no mês em que se assinala um ano após os grandes fogos que atingiram o centro do país. Os incêndios de outubro passado assolaram 220 mil hectares, fazendo 50 mortos e 70 feridos.

Teoricamente, todas estas habitações deviam estar reconstruidas até dezembro, mas, e de acordo com as fontes ouvidas pelo diário, este prazo é irreal.

Em Oliveira do Hospital, onde foram aprovados mais pedidos de reconstrução total, apenas 17 casas podem estar prontas até dezembro, de acordo com o presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, citado pelo matutino. Segundo o autarca, as 15 habitações que ainda estão em projeto e as 17 em fase de demolição e limpeza apenas vão estar concluídas em junho do próximo ano.

Já em Tondela, apurou o JN, foi aprovada a reconstrução de 71 casas, mas que só 17 foram dadas como prontas e todas entre os dias 2 e 9 de outubro.

José António Jesus, presidente da Câmara de Tondela, confirmou ao diários os atrasos, atribuindo a responsabilidades às famílias, que não legalizaram os processos a tempo. “Uma família só ontem acabou o registo. Claro que esta casa não vai estar pronta até dezembro”, referiu.

No norte do país, a situação é ainda mais grande, não havendo ainda nenhuma casa recuperada, nota o Jornal de Notícias.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C) terá a responsabilidade da reconstrução de 13 habitações mas só no mês de setembro é que o Ministério do Planeamento autorizou a contratação dos projetos de arquitetura e especialidades.

Em declarações ao Jornal de Notícias, a presidente da CCDR-C esclareceu que têm de ser as construtoras a pedir o adiamento dos prazos, salientando, contudo, que até o momento, nenhuma empresa o fez. A Comissão justificou a demora com a complexidade dos procedimentos, não referindo se os prazos intercalares a que as empresa estão obrigadas foram ou não cumpridos.

Em sentido oposto, a construção das casas que ficaram a cargo das famílias já estão adiantadas. Neste processo – no qual o Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente prevê que as reconstruções abaixo dos 25 mil euros possam ser levadas a cabo pelas famílias – estão concluídas 249 casas.

Segundo o balanço do Público, cerca de 800 casas de primeira e segunda habitação sofreram dados parciais ou totais devido aos incêndios de outubro. Até agora, já foram construídas 285 habitações.

ZAP //

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