/

Há professores do Politécnico de Lisboa a trabalhar a tempo inteiro na CP

9

O Tribunal de Contas descobriu que existem professores do Politécnico de Lisboa que, além de darem aulas neste estabelecimento de ensino, trabalham a tempo inteiro na CP e em várias outras empresas do sector público e privado.

Segundo o Público, que avança com a notícia nesta segunda-feira, numa auditoria divulgada há poucos dias, mas que analisava o que se passava na instituição de ensino superior em 2014, foram várias as situações insólitas identificadas pelos juízes – algumas delas ainda se manteve até hoje.

Face às situações encontradas, dirigentes da instituição foram instados pelo tribunal a pedir que os professores envolvidos devolvessem o dinheiro que lhes tinha sido pago a mais, sob pena de serem multado. Ouvidos pelos juízes, os docentes defenderam ter cumprido a lei – o que a auditoria refuta.

O jornal dá o exemplo de dois professores dos Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa que integram, simultaneamente, os quadros do estabelecimento de ensino e os da CP, exercendo um funções como economista e outro como técnico licenciado.

“Estamos perante a incompatibilidade absoluta de ocupar dois lugares públicos”, apontam os juízes, considerando a prática um situação anormal.

Existem ainda cinco outros professores com vínculos contratuais permanentes a entidades privadas – a Aeroportos de Portugal, a Portugal Telecom, o banco Santander Totta, a seguradora Allianz e o Montepio Geral -, dois dois quais ocupam cargos de chefia.

Perante as situações encontradas, o Conselho Geral do Politécnico de Lisboa, citado pelo matutino, diz já ter iniciado “uma nova ação de sensibilização sobre o tema da acumulação de funções” junto das escolas que dele fazem parte.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

9 Comments

  1. E só descobriram isto agora?
    Convém que vejam também, sob o ponto de vista das incompatibilidades na acumulação de trabalhos, os casos Câmaras/Finanças/Tribunais/etc… que por aí proliferam escandalosamente. Seria bom que o Provedor de Justiça interferisse.
    A resolução destas situações, para além de repor a justiça, baixaria seguramente os níveis de desemprego.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.