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Nasceu na Argentina uma menina de um óvulo congelado há 14 anos

DR clarin.com

a menina Yanina com o pai, Eleuterio, a mãe Mónica e o irmão Nicol, de 13 anos

A menina Yanina com o pai, Eleuterio, a mãe Mónica e o irmão Nicol, de 13 anos

Uma mulher argentina deu à luz uma menina a partir de um óvulo congelado a uma temperatura extremadamente baixa (criogenia) há 14 anos, informaram esta quarta-feira fontes médicas.

“O segredo é preservar óvulos de qualidade e a qualidade está relacionada com a idade”, disse à agência noticiosa Efe o Dr. Sergio Pasqualini, director científico do Instituto Médico Halitus de Buenos Aires, onde se realizou a fertilização.

Este foi o período maior de armazenamento de uma célula reprodutora feminina conhecido até agora e que culmina com o nascimento de um bebé.

Os óvulos de Mónica, a mãe, que hoje tem 39 anos, foram congelados quando tinha 25 anos.

drpasqualini/Facebook

O director do Instituto Halitus, na Argentina, Dr. Sergio Pasqualini

O director do Instituto Halitus, na Argentina, Dr. Sergio Pasqualini

Mónica e Eleutério, o pai, começaram o tratamento de fecundação ‘in vitro’, quando souberam que ele não podia ter filhos.

Depois de uma primeira tentativa sem sucesso, Mónica ficou grávida inesperadamente de forma natural, e nasceu o seu primeiro filho, Nicol, que hoje tem 13 anos.

Os anos foram passando e os óvulos permaneceram congelados em nitrogénio líquido, a 196 graus negativos, no instituto de reprodução assistida.

Por fim, a família recebeu a chamada dos especialistas do instituto que lhes recordaram que os óvulos estavam disponíveis.

Catorze anos depois, os pais decidiram avançar outra vez com o tratamento, que desta vez conseguiu fertilizar com sucesso um dos seis óvulos armazenados.

O casal mantinha a “esperança” de ter outro filho, disse a mãe a uma televisão local.

O nascimento de Yanina, há uma semana, marcou um recorde mundial, por ser o maior período conhecido de armazenagem de óvulos seguido por um nascimento bem sucedido.

/Lusa

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