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Há vestígios de material nuclear de Fukushima em vinho californiano

Vinhos californianos produzidos nos anos seguintes ao desastre da central nuclear de Fukushima contêm isótopos da precipitação do acidente, informaram investigadores do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, CNRS.

Após o incidente na central nuclear japonesa em 2011, especialistas da Organização Mundial da Saúde já tinham afirmado que partículas radioactivas poderiam espalhar-se de modo a atingir alimentos e bebidas fora do Japão.

Levando o alerta em consideração, investigadores do CNRS, em França, estudaram as amostras de vinhos tintos e rosés feitos a partir das uvas colhidas na Califórnia entre 2009 e 2012 e encontraram vestígios de césio-137, substância que resulta da operação de um reactor nuclear.

Os cientistas recorreram à espectrometria gama de baixo fundo para identificar estes vestígios, uma vez que o vinho continha quantidades muito baixas de isótopos. Segundo a pesquisa do CNRS, a quantidade de césio nas garrafas não representa perigo para a saúde humana e o nível de radioactividade do vinho é até menor do que a natural.

A crise atómica da central de Fukushima, no Japão, desencadeada pelo terramoto e posterior tsunami que atingiram em 2011 o nordeste do arquipélago japonês, é considerada o pior acidente nuclear desde o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Vários reactores da central nuclear sofreram um colapso depois de uma onda de tsunamis de 15 metros ter atingido o local.

Na altura do tsunami, o sistema de refrigeração dos reactores foi desligado, fazendo com que três deles fundissem. O desastre levou a vários efeitos radioativos na atmosfera e na água. Parte da área no entorno da antiga central permanece inabitável.

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