António Costa lança concursos para reabilitação do IP3 entre Coimbra e Viseu

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António Cotrim / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

O primeiro-ministro preside, esta segunda-feira, à cerimónia de lançamento dos concursos de empreitada para a reabilitação do Itinerário Principal 3 (IP3) entre Coimbra e Viseu.

O evento realizou-se às 10h20, junto ao nó de Raiva, Penacova, no IP3, anunciou a Infraestruturas de Portugal. A cerimónia prevê o lançamento dos concursos de empreitada para a reabilitação do IP3 entre o nó de Penacova e a Ponte do Rio Dão, e para o Projeto de Execução para Duplicação do IP3 entre Coimbra e Viseu.

Para António Costa, estas empreitadas são “muito mais do que uma obra de ligação” que diminuirá o tempo de viagem de carro entre Coimbra e Viseu.

Com um investimento de 134 milhões de euros, numa extensão de 75 quilómetros do itinerário principal 3, o Estado vai ajudar “a salvar vidas”, ao “assegurar segurança na circulação rodoviária”, sublinhou.

“Esta é uma obra central para reforçar a coesão interna da região Centro, mas também para melhorar a competitividade” desta parcela do território nacional, disse Costa.

Na sua opinião, este investimento vai “melhorar significativamente as condições para a região Centro ser mais competitiva“, poder criar emprego e fixar população.

Com as obras realizadas nos próximos anos, o IP3 será “uma via absolutamente essencial para a internacionalização” da região, acentuou o chefe do Executivo.

Por sua vez, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, disse que o projeto de modernização e duplicação parcial do IP3 “foi bem acolhido pela região”, incluindo autarquias, associações empresariais e cidadãos em geral.

“Estamos aqui preocupados em lançar obra para o terreno”, acrescentou, recordando que, ao longo de vários anos, “era até penoso” falar de um investimento que foi sendo adiado, apesar da sua importância, sobretudo para reduzir os índices de sinistralidade da via, com elevado número de mortos e feridos, e para promover o desenvolvimento regional.

Anteriormente, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas já tinha explicado que a requalificação do IP3 entre Viseu e Coimbra deveria durar três a quatro anos. Após a intervenção, o tempo de viagem deverá ser reduzido em um terço.

A primeira intervenção, que já conta com projeto e avaliação de impacto ambiental, deverá arrancar em 2019, entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul, que abrange a zona mais crítica do IP3, na zona da Livraria do Mondego, disse também na altura Pedro Marques, que falava aos jornalistas após uma apresentação à porta fechada do projeto aos autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Viseu, Dão e Lafões.

O ministro sublinhou que 85% do traçado vai ficar com perfil de autoestrada – com duas faixas em cada sentido -, quando hoje o IP3 apenas tem um quinto da via com esse perfil.

Mesmo assim, nos 15% onde não haverá um perfil de autoestrada, haverá, “em quase a totalidade”, duas faixas num sentido e uma no sentido contrário.

No total, só “3% do troço poderá ter de permanecer apenas com uma faixa para cada lado”, nomeadamente nas pontes, onde ainda vai ser avaliado se há condições “para algum tipo de alargamento”, explicou o ministro.

Pedro Marques sublinhou que a alternativa à requalificação do IP3 passaria pela “construção de autoestradas com portagens, que onerariam as famílias e as empresas”.

Questionado sobre a possibilidade de, no futuro, o IP3 ser transformado numa autoestrada, como aconteceu no IP5, o ministro assegurou que o Governo “está a fazer esta obra assim para não transformar o IP3 numa autoestrada com portagens”.

ZAP // Lusa

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