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Dez funcionários agredidos no aeroporto de Lisboa em 3 meses

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) alertou, na quinta-feira, para as sucessivas agressões a trabalhadores da Groundforce nas portas de embarque do aeroporto de Lisboa, referindo “mais de uma dezena de episódios” desde o início do ano.

Em declarações à Lusa, o coordenador do Sitava, Fernando Henriques, explicou que as agressões estão relacionadas com a falta de condições do aeroporto Humberto Delgado, mas sobretudo com a política de overbooking (venda de mais bilhetes do que os lugares disponíveis) das companhias aéreas, em “99%” dos casos com voos da TAP.

“No passado domingo houve mais um episódio com trabalhadores da Groundforce junto a uma porta de embarque no aeroporto de Lisboa”, disse, referindo que “têm-se sucedido agressões a trabalhadores  aeroporto de Lisboa sem que haja a devida salvaguarda das suas condições de segurança por parte das entidades responsáveis”.

Neste sentido, o Sitava pediu já uma reunião com a administração da Groundforce, que está agendada para segunda-feira, e também ao Ministério da Administração Interna.

Segundo o dirigente sindical, “a situação assumiu uma proporção muito complicada, com pessoas com medo de ir trabalhar, com receio que as situações se repitam”.

Fernando Henriques defende que tem que haver um reforço da segurança junto às portas de embarque, bem como consequências para os passageiros que protagonizam episódios violentos, como uma lista negra com os seus nomes, ficando impedidos de voar.

Segundo o Diário de Notícias, a direção nacional da PSP confirmou que desde abril foram feitas 10 detenções “decorrentes de situações em flagrante delito, em que funcionários foram vítimas de ameaça e/ou agressão”.

Já em julho de 2017, um funcionário da Groundforce foi “brutalmente” agredido por dois passageiros embarcados num voo da TAP.

ZAP // Lusa

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