Inglaterra sofreu bastante para entrar no Grupo G do Mundial a vencer. Após criar muito perigo no primeiro terço do jogo e marcar, a formação britânica deixou-se empatar e só chegou ao triunfo, por 2-1 sobre a Tunísia, nos descontos, através do segundo golo de Harry Kane na partida, os seus dois primeiros ao serviço da Inglaterra em torneios internacionais.
Excelente entrada dos ingleses, com posse de bola, circulação rápida e recurso a alguns passes para as costas da defesa tunisina a criar grande perigo. As oportunidades começavam a surgir e o golo acabou mesmo por acontecer. Após canto da esquerda, John Stones cabeceou para grande defesa de Mouez Hassen e, na recarga, Harry Kane emendou para o 1-0, decorria apenas o minuto 11 – Mouez Hassen teve de sair na sequência do lance, com queixas num ombro. Contudo, nesta altura já a Inglaterra somava cinco remates, três deles enquadrados e registava 88% de eficácia de passe. A Tunísia não tinha qualquer acção ofensiva de relevo.
O domínio inglês era evidente, com 61% de posse, oito remates, cinco enquadrados, por volta da meia-hora. Porém, foi a Tunísia a marcar. Falta de Kyle Walker na grande área sobre Fakhreddine Ben Youssef e, na marcação da grande penalidade, Ferjani Sassi (35′) atirou a contar. Estava feito o empate, um pouco contra a corrente de jogo, pois os ingleses continuaram melhores, chegando ao intervalo com 59% de posse, 12 remates, metade deles enquadrados e três ocasiões flagrantes criadas. Emoção não faltava, e aos britânicos faltava apenas um pouco de sorte.
A segunda parte foi bem diferente. A Inglaterra continuou a dominar, até com mais bola e com boa eficácia no passe, mas a Tunísia fechou-se bem melhor e não deixou que os passes longos para as costas da sua defesa surtissem tanto efeito. E até no remate os ingleses passaram a sentir grandes dificuldades. Contudo, já quando ninguém esperava, em tempo de compensação, os ingleses voltaram a marcar, pelo suspeito do costume.
Canto da direita, Harry Maguire desviou de cabeça para o segundo poste e Kane, sozinho, só teve de encostar, também de cabeça – ao 18º remate inglês, sexto na segunda parte. Um tento que colocou uma certa justiça no marcador, dada a superioridade britânica.
O melhor em campo, com apenas mais duas décimas que o goleador do Tottenham, foi Harry Maguire. O defesa rematou três vezes, fez três passes para finalização, dos quais um foi assistência para o 2-1, foi o jogador com mais acções com bola (94), ganhou quatro de cinco duelos aéreos defensivos e esteve muito seguro.
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