Howard Schultz, o responsável pelo crescimento da Starbucks, vai abandonar o cargo, mas a presidência dos Estados Unidos pode ser o próximo desafio.
No anos 80, Howard Schultz foi o responsável pelo gigantesco crescimento das lojas de café Starbucks para uma cadeia com mais de 28 mil lojas, em 77 países. No entanto, e como tudo tem um fim, o gestor executivo vai abandonar definitivamente a direção da empresa.
Schultz esteve 36 anos à frente da empresa. No ano passado, tinha já deixado o cargo de presidente executivo (CEO), tendo permanecido na empresa como chairman executivo, um cargo com uma maior participação no dia a dia da empresa do que o tradicional chairman, explica o Público.
Agora, o afastamento é definitivo. De acordo com o The New York Times, o empresário está a ponderar ambições políticas, considerando uma potencial candidatura à presidência dos Estados Unidos.
“Uma das coisas que quero fazer no meu próximo capítulo é perceber se existe um papel onde possa dar o meu contributo à comunidade. Ainda não sei bem o que isso significa. Quero pensar num conjunto de possibilidades e isso inclui serviço público. Mas estou muito longe de tomar decisões acerca do meu futuro”, afirmou.
Com 64 anos, o “Steve Jobs do Café” diz estar “profundamente preocupado com a crescente divisão interna e na imagem exterior dos Estados Unidos”.
Em 2016, Howard Schultz apoiou Hillay Clinton nas eleições presidenciais, tendo sido criticado por Donald Trump, que pediu um boicote à cadeia de lojas, depois de o Starbuck ter retirado símbolos natalícios dos copos de café, em 2015, de modo a não ferir suscetibilidades culturais.
Embora não garanta se irá candidatar-se contra Trump em 2020, Schultz não esconde que é um forte crítico do Presidente norte-americano. No ano passado, ao Businness Insider, afirmou que Donald Trump é “um presidente que cria caos todos os dias”.
Schultz não fundou a Starbucks. Contudo, foi ele quem deu a grande viragem à empresa, revolucionando o conceito da marca. A Starbucks foi inaugurada por dois professores e um escritor, no ano 1971, em Seattle. Com a chegada do empresário, a Starbucks apostou na introdução de café e lattes italianos, que Schultz havia trazido de uma viagem a Itália
A marca começou então a expandir-se no mercado, até que Howard Schultz decidiu comprar ações aos donos da empresa.
Recentemente, a Starbucks viu-se inserida num escândalo provocado por um incidente, quando a gerente de um estabelecimento na Filadélfia chamou a polícia quando viu dois indivíduos negros sentados no café sem fazer despesa. A empresa, que sempre assumiu uma posição na defesa de questões relacionadas com a imigração, realizou uma ação de formação contra o racismo, na qual Schultz esteve presente.
O sucessor de Howard Schultz será Myron E. Ullman, antigo chairman da J. C. Penney. Assumirá funções já no final deste mês.
Se isto pega moda qualquer dia vamos ter o Nabeiro a candidatar-se a Presidente da República. E se calhar… até nem era mau.