Uma das alunas finalistas que seguia no autocarro que capotou no IP2, em Nisa, no distrito de Portalegre, conta à SIC que o motorista da viatura vinha a conduzir depressa demais, apesar de “chover torrencialmente” e de haver “óleo na estrada”. Um jovem de 18 anos morreu no acidente.
Esta jovem, que não é identificada, relata em entrevista à SIC Notícias que acredita que o acidente foi motivado pela “pressa” do condutor em “chegar a casa ou uma coisa qualquer”, “porque ele ia muito rápido”. “Ele parecia que estava maluco”, sublinha a estudante, notando que “não estava a conduzir nada bem”.
“Com 50 pessoas dentro de um autocarro, não é normal e ele sabia que estava a chover torrencialmente e que havia óleo na estrada porque via-se. Nós, quando saímos do autocarro, vimos o óleo na estrada”, conta ainda a estudante.
O autocarro transportava 46 jovens estudantes residentes em Belmonte, Castelo Branco, e na Covilhã, que regressavam a casa após a viagem de finalistas a Punta Umbría, em Espanha.
Aquando do despiste do autocarro, o motorista conseguiu evitar uma tragédia maior, mantendo-o na estrada e “impedindo que caísse por uma ribanceira com grande profundidade”, revela o Correio da Manhã.
O motorista esteve internado devido a ferimentos ligeiros, mas já teve alta. Foi sujeito a testes de álcool e de substâncias psicotrópicas, e já foi interrogado pela GNR.
Sobre o acidente, a jovem finalista ouvida pela SIC relata que só conseguiram sair da viatura depois de um dos estudantes ter partido “o vidro de trás”.
O corpo do jovem que morreu encontrava-se “onde estava o vidro partido, no fim”, “estendido no chão”, conta a estudante. “Só se viam os braços, a cabeça não se via”, diz.
A vítima mortal, João Nuno Fiadeiro, tinha 18 anos e era aluno da Escola Frei Heitor Pinto, na Covilhã, e residente em Tortosendo. O funeral realiza-se esta terça-feira, às 15 horas.
Pais defendem outro modelo para viagens de finalistas
Para a Associação de Pais da Escola Frei Heitor Pinto, o acidente demonstra que o modelo das viagens de finalistas deve ser revisto.
O presidente da entidade, José Pina Simão, salienta, em declarações à Lusa, a “preocupação” da Associação com “a forma como estas viagens são organizadas, sem qualquer intervenção das escolas ou das entidades escolares”. “É preciso mudar o figurino destas viagens”, aponta.
A viagem a Punta Umbría foi organizada pelos próprios alunos juntamente com uma empresa. O representante dos pais considera que este modelo “é errado” e defende que “é preciso que a organização entre nas escolas e que seja a comunidade educativa a organizá-las ou pelo menos a superintendê-las”.
“O que não pode acontecer é que, perante uma situação como esta, ninguém saiba quem responde relativamente ao quê”, conclui.
ZAP // Lusa
A algum imperativo de formação que tem que haver viagem de finalistas ??
Não, elas são realizadas durante as ferias escolares.
Então e de carácter pessoal, logo só vai quem quer.
E triste morrer alguém , mas ter que ser organizada pela escola, e demais…
Então mas os pais querem que sejam as escolas a organizar as viagens?
Mas porque é que não são os pais?
Com óleo na estrada, também já me aconteceu, é o deixar andar e que haja Deus que nos possa ajudar.
Se eu fosse o condutor processava os media que se chibam com notícias do “diz que disse”. Como é possível que a conversa de alguém seja motivo para estar à vista de todos e durante o tempo que o ZAP, neste caso, entender.