Detetives britânicos acreditam que o antigo espião russo Sergei Skripal e a sua filha, Yulia Skripal, foram envenenados à porta de casa, em Salisbury, Inglaterra.
A suspeita foi lançada depois de ter sido detetada uma maior concentração do composto químico usado para envenenar Skripal à porta da sua casa, em Salisbury, Inglaterra. Embora o agente nervoso já tenha sido detetado noutras zonas da moradia, nunca foi encontrado em tão grande quantidade como naquela zona específica.
Segundo o Observador, o comissário-adjunto da unidade antiterrorista da polícia britânica, Dean Haydon, explicou que “nesta altura”, os investigadores acreditam “que os Skripal entraram em contacto com o agente nervoso na porta de entrada”.
O comissário disse ainda, citado pelo The Guardian, que os investigadores estão a concentrar todos os seus esforços naquela área, em particular na casa mas também nos seus arredores. Desde o início das investigações ao envenenamento foram detetados vestígios do mesmo gás neurotóxico noutros sítios, mas em concentração muito inferior.
Além disso, o comissário alertou os residentes para a presença, nos próximos dias, de detetives junto à casa do ex-espião russo. “As circunstâncias únicas desta investigação significam que os agentes vão muito provavelmente manter-se na área durante várias semanas e meses”, disse ainda Dean Haydon.
A trabalhar neste caso, há cerca de 250 agentes da polícia britânica.
Sergei Skripal e a sua filha, Yulia Skripal, continuam hospitalizados em estado muito grave. Esta quarta-feira, uma sobrinha do antigo espião afirmou que as hipóteses de sobreviverem são poucas.
“O prognóstico não é de facto bom. Tenho 1% de esperança. Mesmo que sobrevivam, vão ficar inválidos para o resto das suas vidas”, disse Viktoria Skripal, citada pelo Expresso.
