Um romeno de 63 anos tem vivido um verdadeiro pesadelo com a justiça, depois de o tribunal se recusar a reconhecer que, de facto, está vivo.
Constantin Reliu, fotógrafo da cidade de Vaslui, na Roménia, tem tentado provar em vão que está vivo depois de a sua mulher ter registado a sua morte e ter consequentemente obtido a sua certidão de óbito, conta o The Guardian.
Esta sexta-feira, um porta-voz do tribunal disse aos jornalistas que o romeno perdeu o processo, apesar de ter aparecido em tribunal vivo e de boa saúde, por ter apresentado o recurso “demasiado tarde”. A decisão judicial não pode ser contestada.
Segundo a imprensa local, Constantin Reliu emigrou para a Turquia em 1992 à procura de trabalho. Voltou ao país em 1999 para uma curta visita e, a partir daí, perdeu os contactos com a sua família. Não tendo recebido notícias do marido desde esse último encontro, a esposa achou que o marido tinha falecido num terramoto na Turquia.
O romeno de 63 anos acredita que a mulher pediu a certidão de óbito, no ano de 2016, para poder casar novamente.
Passados dois anos, as autoridades turcas expulsaram o romeno do país por o prazo do seu visto de permanência ter expirado. Reliu planeou então regressar à Roménia para renovar o seu passaporte e voltar depois à Turquia. Na chegada, acabou detido pelas autoridades de imigração que lhe disseram que tinha morrido em 2003.
“Sou um fantasma vivo. Estou oficialmente morto embora esteja vivo, não tenho rendimentos e, por ser considerado morto, não posso fazer nada”, queixou-se Reliu.
Esta não é a primeira vez que acontece uma situação deste género. Em 2016, um tribunal em Kemerovo, na Rússia, reconheceu que um homem estava vivo apesar de ter sido declarado morto. A confusão aconteceu depois da morte de outro cidadão da mesma localidade com o mesmo nome, apelido e data de nascimento.
ZAP // Sputnik News / The Guardian