Vírus informático transmite-se pelo ar como uma gripe

Blake West / Flickr

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Investigadores de Liverpool, no Reino Unido, criaram um tipo de vírus informático capaz de se espalhar pelo ar, por redes Wi-Fi, como “uma constipação comum”.

Em áreas densamente habitadas, onde há muitas destas redes sem fio, o vírus pode ir de rede em rede, procurando as suas falhas.

Uma vez no controlo de um ponto Wi-Fi, o vírus deixa vulneráveis os computadores ligados a essa rede .

O chefe da equipa de investigadores disse à BBC que o objetivo é criar um programa de computador capaz de evitar que esse tipo de ataque seja possível.

“Em vez de esperar que as pessoas criem palavras-passe fortes, é melhor integrar sistemas capazes de detectar intrusos nesses pontos de acesso”, disse Alan Marshall, professor de redes de comunicação da Universidade de Liverpool.

Marshall não quis entrar em pormenores sobre os métodos usados para prevenir esse tipo de ataque, mas explicou que a tecnologia necessária para testar esses métodos foi criada na universidade.

Sob controlo

Chamado de “Camaleão”, o vírus procura pontos de acesso a redes sem fio – aparelhos que transmitem o sinal Wi-Fi – que não tiveram suas palavras-passe de fábrica alteradas.

Essa password é diferente das usadas para se ligar à rede sem-fio propriamente dita e, frequentemente, não são alteradas por quem compra esses aparelhos.

Isso dá controlo do ponto de acesso ao hacker, que pode aceder aos computadores conectados à rede para roubar informações.

Disseminação

Mas é o próximo passo do vírus que é mais incomum. Uma vez instalado no ponto de acesso, o vírus pode – sem ser controlado por um humano – procurar automaticamente outros pontos de acesso vulneráveis para serem controlados.

Marshall disse à BBC que é improvável que isso represente uma ameaça às redes Wi-Fi de grandes empresas, já que normalmente têm muitos mecanismos de segurança.

No entanto, redes domésticas ou de empresas menores, como restaurantes e bares, não costumam ter esses mecanismos.

Segundo o investigador, uma vez que a sua equipa conseguiu provar que a ameaça é real, o foco agora é criar um programa capaz de prevenir esse “sequestro” de redes sem fio.

ZAP / BBC

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