Angelo Carconi / EPA
O papa Francisco
Esta segunda-feira, durante a viagem para o Chile, o Papa Francisco afirmou ter medo de uma guerra nuclear. No avião papal, entregou a cada um dos presentes uma fotografia de uma vítima de um ataque nuclear.
Na primeira viagem do ano, entre o Vaticano e o Chile, o Papa Francisco disse recear uma guerra nuclear, sublinhando que o mundo está numa situação “limite”.
“Estamos no limite. Tenho muito medo disso. Um incidente será o suficiente para desencadear uma guerra. É preciso eliminar as armas nucleares, trabalhar pelo desarmamento”, alertou o pontífice.
De acordo com a RT, o Papa distribuiu aos jornalistas a bordo do avião papal uma foto que “encontrou por acaso”. A imagem mostra uma criança japonesa que leva o irmão morto nos braços, após o bombardeamento de Nagasaki, no Japão, em 1945.
“É uma imagem que comove mais do que mil palavras“, referiu. A fotografia fez-se acompanhar de uma legenda, escolhida pelo Papa: “O fruto da guerra”.
Esta segunda-feira, o Papa Francisco iniciou a sua viagem de oito dias ao Peru e ao Chile, a sua 22ª viagem ao exterior e a primeira do ano. O pontífice passará por seus cidades e tem agendadas 21 intervenções, nas quais deverá abordar os direitos dos povos indígenas e questões políticas e ambientais.
O líder da Igreja Católica ficará três dias no Chile, onde se irá reunir em Santiago do Chile com as autoridades chilenas e com o corpo diplomático no Palácio de La Moeda, celebrando uma missa campal, na qual são esperadas cerca de 500 mil pessoas, no Parque O’Higgins.
A viagem ao Chile acontece no rescaldo de um escândalo de pedofilia praticado por membros da Igreja católica no país. O Vaticano não descartou a hipótese de o Papa se encontrar com as vítimas de abusos sexuais por parte de sacerdotes chilenos.
No dia 18 de janeiro, o Papa Francisco chegará ao Peru e no dia seguinte reunir-se-á com indígenas em Puerto Maldonado. A visita papal termina no dia 21.
