O desaparecimento de arte sacra da paróquia do Santo Condestável, em Lisboa, está a ser investigado pela PJ. O padre António Teixeira, que viu recentemente Marcelo Rebelo de Sousa prefaciar um livro seu, é arguido do caso.
A Polícia Judiciária está a investigar o desaparecimento de arte sacra da paróquia do Santo Condestável. Em causa estão objetos de vários géneros como vestes religiosas, material usado para ornamentar o altar, uma taça de prata dourada com pedras preciosas e imagens do século XVIII.
De acordo com o Público, há já um arguido neste caso, o padre António Teixeira. Ao que o jornal apurou, este material terá sido vendido a um antiquário, alegadamente para financiar obras na casa paroquial para onde o padre se terá mudado em 2015.
Contactado pelo Público, o Patriarcado confirma que lhe chegou, em março do ano passado, a informação do desaparecimento das peças, tendo sido “determinado que o caso fosse apresentado à Polícia Judiciária“.
Alegando que há informações que se encontram em segredo de justiça devido à investigação, o Patriarcado não revela quantas peças desapareceram nem qual o seu valor.
No entanto, nem todo o material desaparecido se encontrava na igreja do Santo Condestável. Duas imagens estavam na ermida do Senhor Jesus dos Terramotos, fechada ao culto há vários anos.
Marcelo Rebelo de Sousa já se pronunciou acerca do assunto. O Presidente da República, que prefaciou o mais recente livro do sacerdote, mostrou-se “surpreendido” por esta investigação. O livro é uma edição de autor que pode ser adquirida através de uma página de Facebook, e cujas receitas reverterão para os bombeiros de Castro Daire.
“Não esperava isto de uma pessoa que conhecia há tanto tempo das paróquias de Cascais e Carcavelos e não corresponde à ideia que tinha dele“, referiu o chefe de Estado, em declarações ao mesmo jornal.