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Emma nasceu há um mês, mas é um “snow baby” com 25 anos

Em novembro, Tina Gibson foi mãe de Emma, o embrião congelado mais antigo de sempre a resultar num parto bem sucedido.

Uma mulher de 26 anos deu há luz uma menina proveniente de um embrião doado, que foi congelado há 25 anos atrás.

Tina Gibson e o marido, Benjamin Gibson, casaram há sete anos, já cientes de que teriam de procurar alternativas caso quisessem ser pais. Benjamin sofre de fibrose quística, uma doença genética que o tornou infértil.

Antes de considerarem a adoção de embriões, Tina e Benjamin foram família de acolhimento temporário de jovens e crianças que passavam pelo sistema de acolhimento norte-americano. Esta foi uma experiência enriquecedora para ambos, conta Tina à CNN.

Depois de investigar e de se aconselhar, o casal descobriu que era possível “adotar” embriões congelados por casais anónimos com o intuito de serem usados por casais que não podem ter filhos. Assim, tornou-se possível para Tina conceber uma criança de forma natural, através da fertilização in vitro.

Estes embriões congelados são potenciais vidas humanas à espera de nascer e são chamados pelos especialistas de “snow babies”.

Durante o processo, o casal teve de passar por avaliações de caráter psicológico, físico e familiar. O casal acabou por ser aprovado e Tina foi elegível para a fertilização in vitro, depois de ter tirado um quisto no útero.

De uma lista com mais de 300 dadores, Tina e Benjamin escolheram o embrião. O primeiro não era viável, mas o segundo acabou por vir a ser Emma, a filha do casal que nasceu em novembro deste ano. O embrião foi descongelado em março e doado aos agora pais da menina.

No entanto, só durante a preparação da intervenção cirúrgica é que o casal teve conhecimento que Tina iria dar à luz um recorde mundial: o embrião tinha sido congelado a 14 de outubro de 1992, um ano depois de Tina – a mãe – ter nascido. O embrião mais antigo a resultar num parto bem sucedido até então tinha sido congelado em 1997.

Depois de 20 horas de parto, Emma Wren Gibson nasceu. Veio ao mundo para ser um “milagre”, nas palavras da mãe. A taxa de sucesso da implantação situa-se entre os 25 e os 30 por cento.

Este embrião e eu poderíamos ter sido melhores amigas“, confessou Tina à CNN. E na verdade, daqui para a frente, o laço que une Tina e Emma será muito mais do que uma só amizade.

ZAP //

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