8 detidos por envolvimento na morte da jornalista maltesa dos Panama Papers

(dr) Times of Malta

A jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia

Oito pessoas, de origem maltesa, foram detidas na sequência das investigações sobre o assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia, anunciou o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat.

A jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia, 53 anos, que revelou inúmeros casos de irregularidades e atos de corrupção cometidos por políticos malteses, foi vítima de um atentado à bomba no passado dia 17 de outubro.

A jornalista, que liderava a investigação aos Panama Papers, tinha avisado as autoridades, dias antes da sua morte, que estava a ser alvo de ameaças de morte.

Através de um comunicado, o primeiro-ministro afirma que os oito suspeitos são todos cidadãos malteses e que foram detidos hoje durante uma operação conjunta entre o corpo de polícia, as Forças Armadas e os Serviços de Informações.

As detenções, segundo o chefe do Executivo, são o resultado das investigações que decorreram durante as últimas semanas.

Muscat acrescenta que os investigadores têm 48 horas para interrogarem os suspeitos para depois decidirem se apresentam queixa. Até ao momento não foram divulgados detalhes sobre a operação de detenção dos oito cidadãos malteses.

Galizia tinha denunciado precisamente um alegado caso de corrupção envolvendo o atual primeiro-ministro, a sua mulher e outros membros do Governo. Segundo as alegações, o casal utilizava offshores para esconder pagamentos com origem no Governo do Azerbaijão.

Na primavera, a revista Politico incluiu Caruana Galizia entre as “28 personalidades que fazem mexer a Europa”, descrevendo-a como “um WikiLeaks inteiro numa só mulher, em cruzada contra a falta de transparência e a corrupção em Malta”.

ZAP // Lusa

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