ONU acusa regime de Assad de ataque químico que matou 81 pessoas

kremlin.ru / Wikimedia

Bashar al-Assad, Presidente da Síria

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) designou, esta quinta-feira, o regime sírio do Presidente Bashar al-Assad como responsável do ataque mortífero com gás sarin na localidade de Khan Cheikhoun, na Síria.

“O grupo [de peritos] está convencido de que a República Árabe Síria é responsável pelo uso de sarin em Khan Cheikhoun, em 4 de abril de 2017″, é a frase escrita no documento consultado pela agência noticiosa AFP.

O ataque a esta cidade da província de Idleb, na altura controlada por grupos armados da oposição, provocou 83 mortos, segundo a ONU, ou pelo menos 87, dos quais mais de 30 crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem.

As imagens dos habitantes, entre os quais várias crianças, agonizantes, deram a volta ao mundo. No seu seguimento, o Governo de Donald Trump lançou um ataque a uma base aérea de onde, segundo as potências ocidentais, foi lançado o ataque à cidade.

Na noite de 6 para 7 de abril, os militares norte-americanos dispararam 59 mísseis de cruzeiro ‘Tomahawk’, a partir de dois navios, para a base de Al-Chaayrate.

Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido tinham acusado as forças do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de serem responsáveis por este ataque, mas Damasco negou sempre a sua implicação.

A Federação russa, aliada do regime, afirma que o sarin encontrado em Khan Cheikhoun proveio da explosão de um obus no solo e não de um ataque aéreo sírio.

Peritos da ONU deslocaram-se recentemente à base, para elaborarem este documento.
No início de setembro, a comissão de inquérito da ONU sobre a situação dos direitos do homem na Síria já tinha considerado que as forças sírias eram as responsáveis por este ataque com gás sarin.

// Lusa

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