A 14 de setembro, um homem de origem magrebina roubou um jipe em Lisboa. A PSP conseguiu chegar a ele e devolver a viatura ao dono, mas suspeitas sobre possíveis intenções terroristas do indivíduo levaram à intervenção da Polícia Judiciária.
O indivíduo de origem magrebina estava em Lisboa e dirigia-se para Paris, relata o Correio da Manhã. A 14 de setembro, recorreu ao car jacking para roubar um jipe Land Rover numa rua lisboeta. Ainda que sem recurso a armas, o assalto foi considerado violento.
O agora suspeito de terrorismo colocou no GPS o destino da viagem, permitindo ao dono localizar a viatura e dar as coordenadas do trajeto à PSP, que parou o assaltante na A1, na zona de Abrantes, quando este seguia a caminho de França.
O assaltante foi levado para Lisboa e o jipe devolvido ao dono, mas a história complicou-se com suspeitas, mais graves e complexas, de ligações ao extremismo islâmico e a Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária a ser chamada a investigar o caso.
Quando foi presente a juiz, o suspeito limitou-se a dar o nome, recusando-se a dar explicações sobre os motivos da estadia em Portugal, ou de ter Paris como destino, o percurso na Europa, ou o porquê do roubo.
A Polícia Judiciária, por sua vez, descobriu que o magrebino viveu em Bruxelas, cidade belga com forte implantação de radicais islâmicos ligados ao terrorismo do Estado Islâmico.
Quando lá estava, o homem terá feito transferências através da Western Union para Portugal, onde indicou o hotel Tivoli, em Lisboa, como o local de estadia, o que acabou por se revelar falso.
Todo o rasto deixado pelo suspeito na Europa está a ser passado à lupa pela PJ, em articulação com as congéneres internacionais. Está na prisão de alta segurança de Monsanto.