Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional foram este domingo obrigados a abrigar-se de uma forte explosão solar, revelou Mikhail Panasyuk, director do Instituto russo de Física Nuclear Skobeltsin.
“Este domingo foi emitido um alerta para que os astronautas passassem algum tempo no módulo de refúgio da Estação Espacial Internacional”, disse Panasyuk durante uma coletiva de imprensa, realizada nesta segunda-feira (11).
O cientista russo explicou que no momento em que a EEI estava exposta ao Sol, ocorreu um “evento de protões solares”, SPE, ou seja, uma emissão de partículas de energia muito elevada, capazes de perfurar o revestimento das naves espaciais.
O alerta foi declarado às 17h deste domingo, depois de ter sido detectado que a emissão ocorrida tinha sido bastante mais forte que a anterior explosão solar. A emissão criou um fundo de radiação negativo, que foi muito breve e não provocou danos graves em qualquer dos equipamentos da estação espacial, adiantou Panasyuk.
No entanto, Panasyuk adiantou que as autoridades aeronáuticas russas estão a ponderar cancelar a próxima missão tripulada da nave Soyuz à EEI, marcada para o dia 13 de setembro, caso a actividade solar se mantenha durante os próximos dois ou três dias, acrescentando que ser necessário acompanhar a dinâmica da perturbação solar.
A erupção solar ocorrida no passado dia 6 de setembro teve uma intensidade X9.3, e segundo os astrónomos que a observaram foi a mais forte dos últimos 12 anos. A mancha solar em que foi detectada a explosão permaneceu activa até ao dia 8, e emitiu mais quatro explosões, das quais uma forte e três de intensidade média.
Os cientistas realçam que estes fenómenos atmosféricos impressionantes podem provocar fortes tempestades geomagnéticas, capazes de interromper o funcionamento de satélites, mas que em princípio não afectam a saúde dos habitantes da Terra.
ZAP // Sputnik News