Conheceram-se num prestigiado estabelecimento de ensino de inglês do Porto e envolveram-se num relacionamento que acabaria por custar mais de 450 mil euros à vítima e o emprego.
A mulher era diretora financeira de uma escola de inglês do Porto. Ele era um perito em informática. Os dois conheceram-se quando ela o recrutou como diretor informático para o estabelecimento de ensino onde estava empregada, em 2003.
Cinco anos depois, a relação entre os dois terá começado a ser mais próxima com a mulher a atravessar um processo de divórcio.
Enquanto isso, o homem ia desenhando uma solução com o intuito de lhe extorquir dinheiro. Fez-se passar por um homem honesto, com dificuldades económicas e dívidas por ter sido vítima de uma fraude. Garantiu que a família estava sob ameaça e começou a pedir dinheiro emprestado à diretora financeira.
Em pouco tempo atingiu os 15 mil euros. Depois disso, para salvar os filhos dele de ameaças, ela transfere mais três mil euros. Para impedir o despejo dos sogros, mais 4500 euros. Para salvar as contas de uma empresa mais 3400. Ele pede, ela dá. Em valores que, a esta data, já ascendiam os 25 mil euros.
A partir de 2009, já enquanto namorados, ela aceita ser fiadora de dois empréstimos para ele fazer obras em casa: o dinheiro acaba por servir para ele comprar dois Mercedes. Além disso, houve ainda o pagamento de viagens ao Dubai e a Cabo Verde, para “grandes negócios”, alegava ele, mas que nunca deram em nada.
A isto, somam-se os empréstimos para pagar dívidas às finanças, custas judiciais, créditos bancários, salários de funcionários das empresas, colégios dos filhos, impostos, telemóveis.
De cada vez que a mulher pedia explicações, ele deixava de falar com ela, acabando sempre por regressar, para fazer as pazes e recomeçar o ciclo, até ela se endividar, entregar cartões de crédito e perder o emprego, por ter aceite transferir dinheiro do estabelecimento de ensino para pagar uma fatura dele.
Ele, conhecido como o “burlão do amor“, chegou a manter, ao mesmo tempo, uma relação amorosa com a gestora de conta dela. A mulher chegou depois a apresentar queixa no Ministério Público, que arquivou o caso por não haver indícios suficientes de burla. Mas o juiz de instrução criminal entende o contrário, encaminhando o caso para julgamento.
O Jornal de Notícias avança ainda que o homem afirmou nos interrogatórios que a relação entre ambos nunca passou de uma parceria nos negócios. O “burlão do amor” admitiu ainda que a mulher lhe emprestou dinheiro, mas garantiu ter intenção de pagar tudo o que deve.
O indivíduo vai agora responder por burla qualificada no Tribunal de S. João Novo, no Porto. A mulher ficou insolvente e com dívidas à banca de 214 mil euros.
Realmente, o amor é cego, para alguns.
Comigo os filhos dele, os pais, o cão, o cavalo, o gato e o periquito bem que iam para as urtigas.
Eu também tenho um caso de “”amor”” com as Finanças ou Fisco que me vão comer €8.200,00 de imposto Mortágua ou AIMI. Estou derretido com este parceiro amoroso!!!!