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Portugal ganhou à Letónia (mas um miúdo de boné é que comoveu o mundo)

Mário Cruz / Lusa

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A seleção portuguesa de futebol venceu hoje a sua congénere da Letónia por 3-0, em encontro do Grupo B europeu de qualificação para o Mundial de 2018, disputado no Estádio Skonto, em Riga.

Cristiano Ronaldo ‘bisou’, aos 41 e 63 minutos, passando a contar 11 tentos no apuramento e 73 em 139 jogos pela seleção, e fez a assistência para André Silva apontar o terceiro, aos 67, o seu sétimo em oito internacionalizações ‘AA’.

Após seis jornadas, a formação das ‘quinas’, que somou o quinto triunfo consecutivo, manteve-se no segundo posto do Grupo B, com 15 pontos, a três da líder 100 por cento vitoriosa Suíça, que ganhou nas Ilhas Faroé por 2-0.

Após a vitória de Portugal, as imagens de Cristiano Ronaldo correram mundo, uma vez mais, mas desta vez não foi por causa de mais um bis do capitão da selecção lusa.

Ao minuto 90 da partida, então já com o 3-0 final, uma criança conseguiu fazer uma finta “à CR7” aos seguranças e correu desalmadamente pelo campo para abraçar o seu idolo – Cristiano Ronaldo, claro está.

Ronaldo, bem disposto, não negou o abraço ao miúdo e até brincou com ele, tirando-lhe o boné para o colocar com a pala para para trás. À sua maneira.

Seguindo as instruções da UEFA, as imagens televisivas fugiram ao episódio, mas as câmaras fotográficas não deixaram fugir o momento de boa disposição, que contagiou até os jogadores da casa.

https://twitter.com/SquawkaNews/status/873281016282198017

Entretanto, com os dois golos marcados esta noite, Cristiano Ronaldo isolou-se no terceiro lugar da lista dos melhores marcadores de sempre de seleções europeias de futebol.

O avançado da seleção nacional adiantou Portugal, aos 41 minutos, e passou a ter 72 golos com camisola das ‘quinas’, deixando assim para trás Miroslav Klose, que fez 71, entre 2001 e 2014, ao serviço da Alemanha.

A nível mundial, Ronaldo passou a ser o oitavo jogador de sempre com mais golos pelo seu país.

Nas contas europeias, a lista é liderada pelo lendário Ferenc Puskas, que fez 84 golos pela Hungria, entre 1948 e 1956. O antigo avançado também representou a Espanha, mas acabou por nunca marcar. Na segunda posição está Kocsis, também húngaro, que alcançou 75 entre 1948 e 1956.

A nível mundial, o iraniano Ali Daei (1993-2006) é o recordista máximo com 109 golos, seguindo de Puskas, segundo, e do japonês Kamamoto (1966-1977), terceiro com 80.

Ronaldo, que conta com 139 jogos por Portugal, fez o seu primeiro golo pela seleção nacional em 12 de junho de 2004, com apenas 19 anos, na derrota frente à Grécia, por 2-1, no primeiro jogo do Europeu desse ano, que decorreu em solo luso.

Dez anos depois, em 26 de junho, o avançado do Real Madrid chegou à marca dos 50 no triunfo por 2-1 sobre o Gana, no Mundial2014, no Brasil, e em março de 2017, perante a Hungria (3-0), no apuramento para próximo Campeonato do Mundo, fez dois no Estádio do Luz e alcançou os 70.

E estes números talvez ajudem a explicar porque tantos miúdos correm desalmadamente para dar um abraço a Cristiano Ronaldo.

Mário Cruz / Lusa

Uma criança foge aos seguranças e abraça Cristiano Ronaldo no fim do jogo com a Letónia

ZAP // Lusa

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