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Cadernetas da CGD vão deixar de poder ser utilizadas para pagar contas

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José Sena Goulão / Lusa

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As cadernetas da Caixa Geral de Depósitos vão deixar de poder ser usadas como meio de pagamento a partir de 2018, mantendo-se apenas para fazer levantamentos e depósitos mas ao balcão, assim como a consulta da conta bancária.

Segundo explicou o administrador José João Guilherme, num encontro com jornalistas, em causa está legislação europeia que considera que as cadernetas como meio de pagamento não cumprem regras de ‘compliance’ – cumprimento de regras e transparência – por não terem ‘chip’. A medida será aplicada a todas as cadernetas bancárias.

Em Portugal, as cadernetas mais conhecidas e disseminadas são as da CGD, mas há outros bancos que também as disponibilizam, como o Crédito Agrícola.

Assim, a partir do próximo ano, os clientes que tiverem caderneta apenas a podem usar para fazer levantamentos e depósito de dinheiro ao balcão e para funções de consulta e movimentação da conta em caixas automáticas ou no balcão, sendo que quem tenha apenas caderneta precisa de pedir um cartão de débito para efetuar pagamentos.

Segundo o responsável do banco público, na CGD ainda são centenas de milhares os clientes que não têm cartão de débito e apenas usam a caderneta como meio de pagamento.

Atualmente, a caderneta permite fazer pagamentos de serviço, como energia e telecomunicações, nas caixas automáticas que existem nas agências do banco dedicadas às cadernetas. No início deste ano, a CGD passou a cobrar alguns valores em movimentos com cadernetas, para desincentivar o seu uso.

A CGD lançou no início deste mês novos serviços de contas bancárias integradas, que designou de Conta Caixa, que já não disponibilizam a caderneta a quem as subscreva.

Segundo divulgou o banco público, estas contas integradas permitem pacotes à medida de cada cliente (designados de S, M e L, com serviços como transferências online, cartões de débito e crédito, seguros, que aumentam consoante a conta subscrita), sujeito a uma comissão mensal.

O banco público anunciou ainda uma parceria com o Continente, que dá descontos nos hipermercados a quem tenha uma conta da CGD associada ao cartão Continente, caso de desconto de 3% em compras de frescos durante seis meses para adesões até final do ano.

// Lusa

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5 Comments

  1. Tudo isto para que as pessoas sejam obrigadas a tirar cartão de débito e de crédito, cuja anuidade, em três anos subiu uma fortuna! São inteligentes são! Só enganam quem quer! Eles estudam cada coisa! Não ficam nada a dever ao diabo, visto que se lembram de coisas que nem o diabo se lembra!

    • Ninguém é obrigado a nada… Quem não está satisfeito com o serviço que os bancos prestam, é livre de tirar o dinheiro e guardar em casa.

      • Mas isso é o que se está a passar. Só que ainda é em pequena escala. Quando for significativo até as taxas de juro voltam a positivas. Ainda há muito cliente que só sabe lidar com cadernetas e se a CGD ou não lhes oferecer alternativa esses são dos que enterram o dinheiro no solo.

  2. que penas haver srs Admnistradores com tanta falta de informação, a Caderneta nao tem chip mas tem banda magnetica, tal como alguns cartoes do mercado. Encontrem outra justificação para aumentarem as receitas.

    • Os cartões têm banda magnética há muito tempo, mas foi adicionado o chip porque é muito mais seguro… Cadernetas não têm chip logo são inerentemente menos seguras. E quem não concorda e insiste em ficar preso a um meio de pagamento absurdo, pode continuar a pagar com dinheiro…

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