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“Mãe de todas as bombas” lançada pelos EUA matou pelo menos 90 jihadistas

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Pelo menos 90 combatentes ou apoiantes do autoproclamado Estado Islâmico morreram na sequência do lançamento pelos EUA da bomba GBU-43 no leste do Afeganistão, informaram hoje as autoridades afegãs, num novo balanço do número de mortos.

Esmail Shinwar, governador do distrito de Achin, reduto do grupo radical Estado Islâmico na província de Nangarhar, disse que “pelo menos 92 combatentes do Daesh (acrónimo em árabe de Estado Islâmico) foram mortos” pela bomba lançada na quinta-feira.

“Três túneis onde os combatentes tinham tomado posições na altura do ataque foram destruídos”, disse à AFP, enquanto o porta-voz do governador provincial, Attaullah Khogyani, referiu “90 combatentes do Daesh mortos”.

Na sexta-feira, o Ministério da Defesa afegão disse que a bomba destruiu uma rede de túneis utilizada pelo Estado Islâmico e causou a morte de pelo menos 36 combatentes do grupo radical Estado Islâmico.

A bomba GBU-43 (Massive Ordnance Air Blast – MOAB), que os Estados Unidos lançaram na quinta-feira no Afeganistão, pesa 9,5 toneladas, das quais 8,4 são explosivos, e tem um raio de acção com um diâmetro de 1,4 quilómetros.

Conhecida como “a mãe de todas as bombas”, foi desenvolvida para o Exército norte-americano por Albert L. Weimorts Jr., entretanto falecido, e começou a ser fabricada em 2001 no Laboratório de Investigação da Força Aérea.

U.S. Air Force / Wikimedia

O protótipo da MOAB GBU-43 instantes antes do impacto no seu primeiro teste, em 11 de Março 2003

O protótipo da MOAB GBU-43 instantes antes do impacto no seu primeiro teste, em 11 de Março 2003

O Governo afegão afirmou na quinta-feira que estava em contacto com os Estados Unidos e foi informado do lançamento em Nangarhar, no leste do país, de uma bomba GBU-43, encontrando-se a avaliar o resultado do bombardeamento.

O bombardeamento foi executado na quinta-feira às 19:32 locais (16:02 de Lisboa).

O assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o objetivo era acabar com um “sistema de túneis” do grupo radical autoproclamado Estado Islâmico, que permitia aos seus milicianos “mover-se com liberdade e atacar com mais facilidade os militares norte-americanos e as forças afegãs”.

Uma das primeiras vozes ouvidas contra esta acção militar foi a do ex-Presidente afegão Hamid Karzai.

“Nós temos de ser mais duros, e de forma veemente condeno o lançamento da última arma, a maior bomba não-nuclear, no Afeganistão, pelos EUA”, escreveu Karzai, na rede social Twitter.

A bomba foi lançada na quinta-feira pela primeira vez em combate, uma vez que até agora apenas foi sujeita a testes, o primeiro dos quais em 2003 na Base da Força Aérea Englin, na Flórida. Outro teste foi realizado a 21 de novembro do mesmo ano.

Uma das principais características desta bomba, a capacidade de atingir grandes profundidades e destruir construções, como túneis, esteve na origem da escolha.

A bomba GBU-43 consegue atingir túneis com grande precisão, tendo sido esta a razão da sua escolha, já que, segundo o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, os jihadistas têm estado a trabalhar em defesas subterrâneas em bunkers.

Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como “o pai de todas as bombas“.

// Lusa

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11 Comments

    • Esse está velho, andam por aí a colocar uns vídeos dos fins dos anos 80/90 que ainda por cima dizem que o tal pai só mija até 300 metros! Coitado, tanta brutalidade e afinal treme todo. A mãe mais de 1/4 mais fraca dâ-lhe até quase um 1,5 km! É a força das mães!

  1. A maior bomba americana matou 96 terroristas, uma camioneta armadilhada matou na Siria 126 civis.

    Os amAricanos são os mÁiores pá !

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