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Parlamento Europeu pune eurodeputado polaco por declarações sexistas

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Aargambit / Wikimedia

O eurodeputado polaco Janusz Korwin-Mikke

O eurodeputado polaco Janusz Korwin-Mikke

O presidente do Parlamento Europeu anunciou esta terça-feira que decidiu impor “sanções sem precedentes” ao eurodeputado polaco de extrema-direita que proferiu declarações sexistas durante uma sessão plenária em Bruxelas.

O eurodeputado Janusz Korwin-Mikke, que já é conhecido pelos seus polémicos comentários racistas, xenófobos e anti-semitas, voltou a dar que falar no início deste mês, durante um debate no Parlamento Europeu sobre a desigualdade salarial, no qual defendeu que “as mulheres devem ganhar menos porque são inferiores aos homens”.

“Sabem que posição ocupavam as mulheres nas Olimpíadas gregas? A primeira mulher ocupou a posição 800. Sabem quantas mulheres há entre os primeiros cem jogadores de xadrez? Nenhuma. Então, é óbvio que as mulheres devem ganhar menos do que os homens porque são mais fracas, mais pequenas e menos inteligentes“, disse o polaco no início deste mês.

Como consequência das declarações, o deputado polaco vai perder 9.210 euros (por ficar privado da quantia diária de 307 euros durante 30 dias), vai ficar suspenso de todas as atividades do Parlamento durante dez dias e não poderá representar a assembleia durante um ano.

“Não tolerarei um comportamento destes, em particular vindo de alguém que é suposto desempenhar com a devida dignidade as suas funções enquanto representante dos povos da Europa”, afirmou o presidente do Parlamento, Antonio Tajani, que considerou a punição “proporcional à gravidade da ofensa”.

“Ao ofender todas as mulheres, o deputado mostrou desprezo pelos nossos valores mais fundamentais”, adiantou, considerando a punição “proporcional à gravidade da ofensa”.

Em 2012, Korwin-Mikke foi sancionado por comentários ofensivos contra os negros e, em 2015, por entrar no hemiciclo a fazer a saudação nazi, o que lhe custou uma multa de três mil euros e a perda de dez dias do seu salário.

O candidato de extrema-direita também já chamou aos refugiados “lixo humano”, lamentou que as mulheres pudessem votar – uma vez que, na sua perspetiva, têm menos conhecimentos políticos do que os homens -, pôs em dúvida denúncias de violação e já questionou se Hitler saberia mesmo dos planos para exterminar os judeus.

ZAP // Lusa

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