Um novo estudo científico apurou que a dieta mediterrânica pode reduzir o risco de desenvolvimento de cancro da mama, em pacientes com receptores de estrogénio negativo.
O estudo em causa incide sobre uma forma de cancro da mama que, habitualmente, surge após a menopausa e cujo prognóstico costuma ser muito negativo.
A investigação, publicada no International Journal of Cancer, concluiu que o cancro da mama pós-menopausa, com receptor de estrogénio negativo, é 40% menos prevalecente nas mulheres que seguem dieta mediterrânica, revela a CNN.
A dieta mediterrânica, já classificada como Património Imaterial da Humanidade, tem por base frutas, legumes, grãos não refinados, peixe e azeite e já foi associada à longevidade.
Em 2016, um estudo apurou ainda que a dieta mediterrânea pode prevenir a reincidência do cancro de mama e no ano anterior, outra equipa de cientistas tinha concluído que o azeite é um agente protector contra esta doença.
Agora, investigadores holandeses concluem que esta dieta, só por si, pode reduzir os riscos de aparecimento do cancro da mama, no pós-menopausa e nos sub-tipos que envolvem receptores negativos.
Os cancros de receptor positivo respondem, normalmente, a tratamentos hormonais, enquanto os cancros com receptores negativos não costumam reagir a esses tratamentos, deixando os pacientes sem grandes opções.
A investigação pode, assim, “ter implicações importantes para a prevenção por causa do pobre prognóstico deste tipo de subtipos do cancro da mama”, concluem os investigadores.