O Instituto Tecnológico de Israel conseguiu criar um novo dispositivo que usa inteligência artificial para diagnosticar 17 doenças através da respiração de um paciente.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, o hálito contém nitrogénio, dióxido de carbono e oxigénio, e pequenas quantidades de mais de 100 outros produtos químicos, mas a quantidade de cada substância varia dependendo do estado de saúde de cada pessoa.
“Descobrimos que, assim como cada um de nós tem uma única impressão digital, cada uma das doenças que estudamos tem uma única impressão respiratória, uma assinatura de componentes químicos”, afirmou o autor principal do estudo, Hossam Haick.
O novo equipamento contém um computador que está ser ensinado a identificar as “impressões digitais” que cada doença deixa na respiração humana.
Assim, a invenção é capaz de detetar a “assinatura” de qualquer uma das 17 doenças graves registadas, desde o cancro de rim até a doença de Parkinson.
Para “ensinar” o novo dispositivo a reconhecer cada uma das 17 doenças, os cientistas utilizaram 2808 amostras “sopradas” por voluntários.
Cada um dos participantes tinha pelo menos uma das doenças que os cientistas pretendem diagnosticar – 8 tipos de cancro, inclusive no pulmão, nos ovários, na bexiga, na próstata e no rim, além de colite, problemas inflamatórios intestinais, Parkinson e até pré-eclâmpsia.
Depois, os especialistas inseriram no computador várias amostras de indivíduos saudáveis, para comparar e descobrir o que há de diferente no hálito das pessoas que sofrem de cada doença.
Como resultado, o computador encontrou 13 compostos principais que, dependendo da quantidade, podem ser indicadores desses problemas. No final dos testes iniciais, o aparelho já conseguia identificar as doenças com 86% de certeza.
Os cientistas pretendem continuar a aperfeiçoar a inteligência artificial do equipamento, para que o exame possa ser realizado com segurança pelos profissionais de saúde.