A sede da companhia aérea boliviana foi esta terça-feira alvo de buscas. Os procuradores detiveram o diretor geral da empresa e ainda confiscaram documentos e computadores.
Procuradores bolivianos revistaram esta terça-feira a sede da LaMia, companhia aérea responsável pelo avião que se despenhou na semana passada, na Colômbia, provocando 71 mortos.
Segundo um colaborador local, citado pela agência Efe, o diretor geral da transportadora, Gustavo Vargas Gamboa, foi detido e conduzido à Procuradoria Departamental de Santa Cruz.
Gamboa é um ex-militar da Força Aérea Boliviana e, entre 2001 e 2007, foi piloto de vários presidentes do país, incluindo o atual chefe de Estado, Evo Morales.
Além disso, os procuradores confiscaram ainda documentos e computadores nos escritórios da companhia aérea.
Ontem, o Governo boliviano também informou que o piloto que conduzia a aeronave, Miguel Quiroga, tinha um mandado de prisão contra si.
Em causa está o facto de o piloto, juntamente com outros quatro militares, ter desertado da Força Aérea Boliviana.
De acordo com o ministro da Defesa, os pilotos militares assumem o compromisso de, uma vez formados, não se retirarem da entidade até cumprirem com os anos de serviço militar estabelecidos.
Apenas em casos excecionais pode ser analisada a baixa de um militar, o que não aconteceu com Quiroga, que não tinha justificação válida.
A 29 de novembro, a queda do avião causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa brasileira, que se preparava para disputar a primeira mão da final da Taça Sul-americana com os colombianos do Atlético Nacional.
Do acidente, apenas seis pessoas sobreviveram: três jogadores, dois membros da tripulação e um jornalista.
ZAP
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