O fundador do WikiLeaks vai ser interrogado na próxima semana, na embaixada do Equador em Londres, sobre as acusações de violação que enfrenta na Suécia, anunciou, esta segunda-feira, o Ministério Público sueco.
“O Equador acedeu ao pedido sueco de assistência legal para assuntos criminais e o interrogatório será conduzido por um procurador equatoriano”, adiantam as autoridades judiciais suecas, em comunicado.
Um magistrado e um inspetor da polícia suecos vão estar também presentes no interrogatório, marcado para o próximo dia 14.
As condições de realização do interrogatório foram negociadas durante meses entre Suécia e Equador, tendo este país imposto que as perguntas sejam feitas apenas pelo procurador equatoriano, ainda que possam ser sugeridas pelos investigadores suecos.
Se concordar, Julian Assange cederá uma amostra do seu ADN, refere o comunicado.
O jornalista e programador informático está refugiado na embaixada do Equador em Londres, capital britânica, desde junho de 2012.
O australiano de 45 anos – ciberativista para uns e pirata informático para outros – tem recusado viajar para a Suécia para ser questionado sobre acusações de violação e assédio sexual que remontam a 2010, temendo ser extraditado para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de espionagem, por ter divulgado 500 mil documentos militares confidenciais sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque.
Apesar de a justiça sueca o acusar de fugir a prestar declarações, o advogado que o representa, o sueco Per Samuelsson, recorda que tem pedido “audiência desde 2010” e acredita que o inquérito será encerrado depois do interrogatório.
/Lusa