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Conselho das Finanças Públicas prevê derrapagem no défice para 2,6% em 2016

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CFP

Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP)

Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP)

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) estima que o défice orçamental represente 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e 2,7% em 2017, caso o Governo não introduza novas medidas, projeções que ficam aquém das metas definidas para os dois anos.

Na atualização do relatório ‘Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2016-2020’, o CFP estima que, num cenário em que se mantêm todas as medidas legisladas até ao momento, o valor do défice orçamental seja superior aos 2,2% previstos pelo Governo no Programa de Estabilidade (PE), em abril, mas também acima da meta de 2,5% definida por Bruxelas.

Também para o próximo ano, e numa altura em que o Governo está a preparar o Orçamento do Estado para 2017, o Conselho de Finanças Públicas projeta um défice de 2,7% – acima dos 1,4% previstos pelo Governo também no PE.

“Com a manutenção das políticas em vigor vamos, na melhor das hipóteses, conseguir manter défices próximos dos 3% do PIB e sem margem de segurança para garantir sequer que esse resultado se mantém mesmo face a uma evolução adversa”, disse a presidente do CFP, Teodora Cardoso, em conferência de imprensa.

As projeções que agora se apresentam apontam para um crescimento do PIB de 1% em 2016, significativamente inferior aos 1,8% previstos pelo Governo.

O CFP considera que é “bastante visível” que a estratégia do executivo – que passava pelo estímulo da procura interna e do consumo privado – não funcionou, devido à falta de confiança.

“As pessoas já não estão seguras de que estas coisas não venham a reverter-se de novo”, lembrou ainda.

Segundo as projeções do CFP, a economia portuguesa deverá crescer 1,5% em 2018, 1,5% em 2019 e 1,4% em 2020, contra as previsões do Governo que apontam para 1,9%, 2% e 2,1% nesses três anos, respetivamente.

BZR, ZAP / Lusa

1 Comment

  1. Curioso como não se ouviu a Sra Teodora Cardoso dizer “estas coisas” quando o Passos e o Portas estavam no “trono”. E toda a gente viu que os resultados também não “funcionaram”. Só fala agora. Porque será?
    “As pessoas já não estão seguras de que estas coisas não venham a reverter-se de novo”. As pessoas? Não quer dizer os tubarões do grnade capital? Aqueles que realmente criaram esta crise? Pessoas? Essas não são pessoas… São vampiros (e digo isso no mau sentido!)!
    Uma sugestão: reforme-se porque já passou (há muito!) o seu prazo de validade.

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