Rajoy perde primeira votação de investidura

Partido Popular / Facebook

Mariano Rajoy, primeiro-ministro e líder do Partido Popular espanhol

Mariano Rajoy, líder do Partido Popular espanhol

O candidato do PP não conseguiu a maioria absoluta por parte dos deputados e vai a uma nova votação na próxima sexta-feira.

O candidato do Partido Popular, Mariano Rajoy, não conseguiu obter esta quarta-feira a confiança da maioria absoluta dos 350 deputados para o levar à chefia do Governo espanhol.

O atual chefe do Governo em funções recolheu a confiança de apenas 170 deputados, tendo todos os outros, 180 deputados, votado contra, entre eles os 85 do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e os 71 da coligação Unidos Podemos (esquerda radical).

Na votação desta quarta-feira, Rajoy precisava de obter a confiança da maioria absoluta dos deputados, ou seja, 176 votos de um total de 350.

A tarefa continua a parecer praticamente impossível uma vez que o atual chefe do Governo tem apenas o apoio expresso de 170 deputados: 137 do PP (direita), 32 dos Ciudadanos (centro-direita) e um da Coligação Canárias (regional).

Na próxima sexta-feira, Rajoy submete-se a uma nova votação no Congresso dos Deputados e necessita apenas da maioria simples da assembleia, mais votos a favor do que contra.

Ou seja, para ganhar a confiança do Parlamento, Rajoy precisaria de obter mais seis votos ou a abstenção de pelo menos onze deputados.

A votação desta quarta-feira iniciou um período de dois meses (até 31 de outubro) em que ainda é possível formar um novo executivo, antes da dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições, provavelmente para o dia de Natal, 25 de dezembro próximo.

Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho último, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.

/Lusa

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