Uma equipa de investigadores americanos afirma que Lucy, o australopiteco que viveu há três milhões de anos, morreu depois de fraturar vários ossos ao cair de uma altura de 12 metros.
Os investigadores recorreram a técnicas forenses, tecnologia de imagem e a exames tradicionais com um ortopedista, conseguindo reconstruir o cenário dos últimos segundos da vida de Lucy.
“[Os traumas de Lucy] são consistentes com o tipo de fratura que vemos quando uma pessoa cai de uma altura considerável”, revelou o ortopedista Stephen Pearce, citado pelo Smithsonian.
A equipa recorreu a um equipamento normalmente usado para analisar rochas, que permitiu a observação de 35 mil imagens dos ossos de Lucy.
“A tomografia computacional é uma técnica não destrutiva. Por isso, podem ver-se os detalhes e os arranjos internos dos ossos”, explicou o investigador Richard Ketcham, da Universidade do Texas.
De acordo com a análise das fraturas nos ombros do fóssil, os antropólogos estimam que Lucy tenha esticado os braços na tentativa de diminuir o impacto da sua queda, mas sem sucesso, atingindo o solo a uma velocidade de 56 km/h.
No artigo, publicado na revista Nature, a equipa defende que a queda pode estar relacionada com as adaptações desta espécie ao bipedismo – a capacidade de deslocação apenas com as pernas.
“As adaptações que facilitaram a locomoção bípede comprometeram as capacidades dos indivíduos de treparem às árvores em segurança, e esta combinação de características pode ter predisposto esta espécie a quedas”, destacaram os investigadores.
Com apenas um metro de altura e 27 quilos, Lucy viveu na África Oriental há mais de três milhões de anos.
Tal como os restantes 300 Australopithecus afarensis encontrados, Lucy tinha um nariz achatado e um cérebros pequeno, mas braços fortes e dedos curvos que podem ter facilitado a subida às árvores.
O fóssil de Lucy foi descoberto, a 24 de novembro de 1974, pelo famoso paleoantropólogo norte-americano Donald Johnson e cerca de 40% do esqueleto sobreviveu até hoje.
BZR, ZAP
Parece-me muito pouco provável que o Homo atual seja descendente do Australopitecus. Acredito mais na linhagem do Homo Habilis que, ao contrário de teses oficiais, não pode ser da linhagem do Australopitecus já que habitaram as mesmas regiões de África e foram contemporâneos durante milhares de anos.
Olha! Olha! Parece a Merkel.