A Marinha norte-americana está a desenvolver nanofios de geobactérias geneticamente modificadas, em vez dos materiais não-renováveis ou minerais normalmente usados.
Regra geral, são utilizados elementos não-renováveis ou minerais para a elaboração destes feixes microscópicos com capacidades isolantes, conhecidos na indústria tecnológica como nanofios.
No entanto, cientistas do Departamento de Pesquisa Naval da Marinha dos Estados Unidos, em colaboração com a Universidade de Massachusetts Amherst, estão a desenvolver nanofios de geobactérias geneticamente modificadas.
A boa notícia é que essas bactérias podem ser encontradas no solo de praticamente toda a Terra.
A equipa responsável conseguiu alterar os micro-organismos Geobacter sulfurreducens para que substituíssem aminoácidos por triptófano, que é cerca de duas mil vezes melhor condutor de eletricidade.
Outro aspecto interessante é que a tecnologia permite que os fios sejam invisíveis ao olho humano, além de torná-los mais resistentes, com maior capacidade de sobreviver dentro de dispositivos eletrónicos.
Os resultados foram publicados na revista científica Small.
Para os investigadores, a solução poderá beneficiar a computação e o desenvolvimento de aparelhos voltados para a segurança, como detetores de bombas e de poluição, além de ajudar na criação de novas alternativas de combustíveis, contribuindo para a sustentabilidade do planeta.