O estado de emergência económica na Venezuela, inicialmente declarado em janeiro, vai prolongar-se por mais dois meses.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, publicou esta quarta-feira um decreto que prorroga em 60 dias o estado de exceção e emergência económica, inicialmente declarado a 14 de janeiro.
“Prorroga-se por 60 dias o prazo estabelecido no decreto mediante o qual se declarou o estado de exceção e emergência económica”, refere o despacho.
A declaração de emergência económica permite a Maduro, entre outras atribuições, dispor de recursos sem controlo do Parlamento, assim como de bens e mercadorias de empresas privadas para garantir o abastecimento do país, além de restringir o sistema monetário e o acesso à moeda local e a divisas estrangeiras.
A medida que, segundo o Governo, foi tomada “dadas as circunstâncias extraordinárias de ordem social, económica, política, natural e ecológica que afetam gravemente a economia nacional”, foi já prorrogada por três vezes.
O decreto foi colocado em marcha em janeiro apesar da reprovação da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria.
A Venezuela, que conta com as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, atravessa uma crise económica devido à queda dos preços do crude, além de uma escassez de alimentos generalizada.
Devido à crise económica, milhares de venezuelanos estão a atravessar a fronteira com a Colômbia para comprar bens alimentares e medicamentos.
Caracas decidiu abrir parcialmente esta passagem fronteiriça, para peões, que estava encerrada desde agosto de 2015.
“Jamais vamos permitir que os nossos irmãos venezuelanos passem fome e necessidade de medicamentos”, disse a ministra colombiana de Relações Exteriores, Maria Ângela Holguin.
ZAP / Lusa