A energia solar sustém a maior parte da vida no nosso planeta e a fotossíntese tem sido considerada uma das referências no aproveitamento dessa energia. Uma referência que agora parece ter sido superada por um novo método para gerar hidrogénio e transformá-lo em combustível.
O hidrogénio pode ser um excelente combustível, limpo e renovável, mas para isso é preciso resolver o problema de como o podemos gerar em grandes volumes sem depender de fontes de energia poluentes para o fazer.
Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criaram um novo processo semi-biológico, gerando hidrogénio que é utilizado por bactérias para a criação de biomassa e combustíveis à base de álcool, que supera a eficiência do processo de fotossíntese das plantas.
A investigação foi publicada na revista científica Science e os investigadores, que contaram com a colaboração de um elemento da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, constatam que conseguiram “melhorar” um “modelo artificial de fotossíntese anterior”, “combinando a bactéria oxidante de hidrogénio Ralstonia eutropha com um catalisador de cobalto-fósforo de separação da água”.
Este processo anuncia eficiências na ordem dos 10%, o que mesmo parecendo reduzido, é superior aos 8% de eficiência atribuído ao processo que a Natureza conseguiu desenvolver ao longo de milhões de anos.
Claro que, como bem sabemos, estes avanços nem sempre resultam em avanços práticos no mundo real e, neste caso, são ainda muitos os obstáculos e problemas por resolver antes que tal processo se pudesse transformar num processo industrial para a criação de combustíveis renováveis, em volume e de forma eficiente.
Mas… é um primeiro passo nesse sentido; e nunca se chegou a nenhuma meta sem se dar esse primeiro passo.
ZAP / Aberto até de madrugada