Um ativista dos direitos LGBT está entre os dois homens que foram mortos nesta segunda-feira num ataque na capital de Bangladesh. A polícia suspeita que o atentado tenha sido cometido por extremistas islâmicos.
De acordo com a polícia local, os agressores invadiram o apartamento de Xulhaz Mannan, editor da primeira revista LGBT do Bangladesh, e atacaram o ativista e um amigo com facões.
Segundo testemunhas citadas pela Deutsche Welle, pelo menos cinco homens participaram no ataque. Os atacantes terão entrado no prédio disfarçados de entregadores.
Um segurança do edifício ficou ferido na sequência do ataque. Testemunhas disseram ainda que os agressores gritaram “Alá é grande” durante a fuga.
A embaixadora dos Estados Unidos no Bangladesh, Marcia Bernicat, condenou já o assassinato do ativista, que trabalhou na embaixada americana em Daca.
“Abominamos esse ato de violência sem sentido e pedimos fortemente ao governo de Bangladesh que prenda os criminosos envolvidos nestas mortes”, disse Bernicat.
“Xulhaz era mais do que um colega para aqueles que tiveram a sorte de trabalhar com ele na embaixada americana. Ele era um amigo querido”, acrescentou a embaixadora.
O Bangladesh enfrenta uma onda de violência contra ativistas, estrangeiros e minorias religiosas nos últimos meses.
O ataque ocorreu dois dias depois de um professor universitário ter sido morto de forma semelhante, num atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.
O governo nega no entanto a presença de extremista do EI ou da Al Qaeda no país e afirma que radicais islâmicos locais estarão por trás dos recentes ataques.
ZAP / DW